Introdução: a hanseníase é uma doença infectocontagiosa de alta incidência no Brasil causada pelo Mycobacterium leprae, que se manifesta, principalmente, por meio de sinais e sintomas dermatoneurológicos. Seu tratamento é de longa duração e, um fator determinante para o sucesso terapêutico, é a boa adesão a ele, que pode ser prejudicada pelo estigma social que a doença carrega. Objetivo: avaliar o impacto da doença na qualidade de vida do indivíduo com hanseníase, definir como o estigma interfere na adesão ao tratamento desses pacientes e explorar as necessidades educacionais a respeito da hanseníase. Metodologia: trata-se de uma pesquisa de campo exploratória, descritiva com abordagem quantitativa e qualitativa. O recrutamento do sujeito da pesquisa foi por meio do convite como voluntário a pesquisa na UBS Ayrton Senna, no município de Imperatriz – MA, na qual foi aplicado um questionário com perguntas objetivas e subjetivas. A análise dos dados se deu através de média e porcentagem, com análise qualitativa das questões subjetivas. Participaram do estudo 5 indivíduos, sendo 4 mulheres e 1 homem, com idades entre 40 e 63 anos. Resultados: 100% dos participantes foram informados sobre o que é a doença e quais os efeitos colaterais dos medicamentos, o que demonstra maior cuidado por parte da equipe de saúde. Nenhum participante abandonou o tratamento, no entanto, 1 paciente não aderiu bem ao mesmo. 60% da amostra percebeu mudança na vida social, chegando a evitar participação em eventos sociais, e 40% sentem vergonha da doença, o que aponta para o preconceito vivenciado. Conclusões: os pacientes estão sendo mais informados sobre a doença, o que leva a melhor adesão ao tratamento, ainda que não seja de todos. Contudo, o estigma ainda se faz presente na vida da maioria deles, pois o medo de terem seus sintomas percebidos, a vergonha da doença e a exclusão social, seja autoprovocada ou não, ainda se fazem presentes.
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Introdução: A hanseníase é uma doença infectocontagiosa de alta prevalência no Brasil causada por um bacilo chamado Mycobacterium leprae. Ela se manifesta principalmente através de sinais e sintomas dermatoneurológicos e pode levar a incapacidades físicas permanentes. O tratamento da doença costuma demandar longa duração e é um fator preponderante para a cura perpassa pela boa adesão do paciente às medicações, porém, o estigma social que a doença possui pode ser um empecilho para a cura. Nesse sentido, a questão que norteia o presente estudo é: “Qual a influência do estigma da hanseníase na adesão ao tratamento de pacientes acometidos pela doença?”. Objetivo: Analisar e sintetizar o conhecimento sobre o estigma da hanseníase e sua influência no tratamento de pacientes acometidos pela doença. Metodologia: Revisão de literatura do tipo integrativa cuja coleta de dados foi realizada através das seguintes bases de dados: LILACS, BDENF, MedLine, SciELO e SES-SP, tendo como critérios de inclusão os estudos científicos publicados entre 2010 e 2020, nos idiomas português, inglês e espanhol, em conformidade com os Descritores em Ciências de Saúde (DECs). Resultados e Discussão: Foram selecionados 6 artigos com a temática relacionada às consequências do estigma da hanseníase na adesão do tratamento. Entre as literaturas selecionadas de abordagens qualitativas e quantitativas, observou-se discussões sobre medidas educativas, tratamento, uso correto de medicamentos, efeitos adversos das drogas, fatores relacionados à noção e continuidade dos cuidados e apoio psicológico. Porém, alguns desses aspectos são pouco detalhados e não explanam de forma eficaz a influência desses fatores no estigma e no tratamento da hanseníase. Conclusão: Através das estratégias de educação em saúde e da ação mais engajada e conjunta dos profissionais da saúde, dos pacientes, das famílias e da sociedade, o estigma da hanseníase diminuiria gradativamente, impactando positivamente na adesão ao tratamento do paciente.
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