O artigo tem como objetivo apresentar contribuições da fenomenologia para o âmbito da educação. Pretende-se traçar o panorama histórico quanto à crise das ciências e o surgimento da fenomenologia, compreendendo a importância da crítica à racionalidade técnica para o pensar da educação. Foi utilizado o método de revisão de literatura narrativa para condução do estudo. Ainda hoje, parte da educação formal segue modelos fundamentados na racionalidade técnica, priorizando o conteúdo e a eficácia do saber-fazer. Vê-se que i) uma educação fenomenológica privilegia a(s) singularidade(s) dos educandos; ii) situa os educadores e educandos em uma relação dialética que compreende a importância do “espantar-se” com o conhecimento e; iii) oferece, a partir da práxis pedagógica e das vivências singulares, uma abertura para as inúmeras possibilidades de ser no mundo. Trata-se de implicar a razão técnica no campo da educação, salientando uma perspectiva em que o fazer alia-se ao ser e suas possibilidades.