Fundamento: Alguns pacientes com COVID-19 apresentam injúria miocárdica. Objetivo: Detectar a injúria miocárdica em pacientes criticamente doentes, e comparar o envolvimento cardíaco entre crianças com síndrome respiratória aguda grave (SARS) e crianças com síndrome inflamatória multissistêmica (MIS-C). Métodos: Todas as crianças acometidas da COVID-19 admitidas em uma unidade de terapia intensiva de referência foram cadastradas de forma prospectiva e fizeram uma ecografia transtorácica bidimensional (ETT-2D) e um teste de troponina I cardíaca (cTnI) nas primeiras 72 horas. Para a análise estatística, um p <0,05 bilateral foi considerado significativo. Resultados: 33 pacientes foram incluídos, dos quais 51,5% apresentaram cTnI elevada e/ou ETT-2D anormal e 36,4% precisaram de suporte cardiovascular, que foi mais frequente em pacientes com cTnI elevada e anormalidades em ETT-2D do que em pacientes com exames normais (83,3% e 33,3%, respectivamente; p 0,006, 95% IC = 0,15-0,73). Os achados de ETT-2D mais comuns foram efusão pericárdica (15,2%) e regurgitação tricúspide/mitral (15,2%). Sinais de envolvimento cardíaco foram mais comuns na MIS-C que na SARS. Pacientes com MIS-C também apresentaram um índice mais alto de necessidade de suporte cardiovascular (66
Objetivos: Apresentar um caso raro de cetoacidose diabética (CAD) e pancreatite secundários ao uso de PEG-asparaginase em paciente pediátrico em tratamento para leucemia linfoblástica aguda (LLA) e alertar quanto aos sinais que remetem a esses diagnósticos.
Descrição do caso: Adolescente do sexo feminino, 10 anos e 11 meses, em tratamento para LLA e uso prévio de PEG-asparaginase há seis dias da internação, admitida com choque hipotensivo grave e encaminhada à Unidade de Terapia Intensiva. Inicialmente o quadro foi interpretado como choque séptico. Em seguida a anamnese detalhada e os exames laboratoriais direcionaram para os diagnósticos de CAD e pancreatite, iniciando-se as intervenções específicas. Recebe alta hospitalar após 30 dias, sem necessidade de insulinoterapia, mas com reposição de enzimas pancreáticas.
Comentários: Geralmente, às crianças com LLA gravemente enfermos e leucopênicos, atribui-se apenas o diagnóstico de sepse, que é um diagnóstico prioritário. Entretanto, no grupo em uso de PEG-asparaginase, o pediatra emergencista deve estar alerta ao raciocínio diferencial envolvendo CAD e pancreatite, o que pode ser bem difícil inicialmente. O alerta dos diagnósticos diferenciais do choque séptico, mesmo que raros, na assistência a pacientes oncológicos pediátricos, além da correta e pronta identificação do quadro e seu manejo apropriado, correlacionam-se diretamente ao sucesso terapêutico e, em algumas situações, à sobrevivência do paciente.
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