OBJETIVO: verificar a prevalência de desvio fonológico e processos fonológicos quanto ao sexo e a idade. MÉTODO: análise estatística e descritiva da Avaliação Fonológica Infantil de Yavas, Hernadorema e Lamprecht (2002), realizada com 60 pré-escolares de 4 a 6 anos de idade, de Escolas Municipais de Educação Infantil de Canoas-RS. A amostra foi composta por crianças cujos pais não relataram no questionário alterações auditivas, neurológicas, síndromes ou que estivessem realizando ou já tivessem realizado tratamento fonoaudiológico e/ou apresentassem alterações de origem fonética. RESULTADOS: a prevalência de desvio fonológico foi de 55%, sendo maior para o sexo masculino. A maior prevalência de desvio fonológico foi notada com crianças de 5 anos de idade. Os processos fonológicos mais encontrados foram de redução de encontro consonantal (46, 7%), apagamento de líquida final (40%) e substituição de líquida (30%). A relação da prevalência de processo fonológico com o sexo se mostrou de forma semelhante para ambos os sexos, com exceção do apagamento de sílaba átona que foi significante para o sexo masculino. CONCLUSÃO: a alta prevalência de desvio fonológico aponta a necessidade de inserção de programas públicos de promoção e prevenção à saúde da comunicação humana na atenção primária.
RESUMO Objetivo O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é um agravo comum para a população e um problema para a saúde pública global em termos de mortalidade, deficiência e demanda de custos. O objetivo deste estudo é verificar quais grupos de comorbidades ligados aos distúrbios fonoaudiológicos são identificados por médicos e enfermeiros das equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF) para encaminhamento à reabilitação fonoaudiológica e continuidade do cuidado de pacientes pós-AVC nas Atenções Primária e Secundária à Saúde (APS). Método Participaram 22 médicos e enfermeiros das equipes de ESF apoiadas pelo Núcleo de Apoio à Saúde da Família, no sul do Brasil. Um questionário desenvolvido para este estudo foi respondido, explorando variáveis sociodemográficas, histórico de formação, atuação profissional e condutas ao paciente com AVC. Análise descritiva dos dados (frequências absoluta e relativa) foi realizada no Software SPSS 22. Resultados Dos entrevistados, 77,3% encaminham pacientes pós-AVC para fisioterapia e 54,5%, para reabilitação fonoaudiológica. Nenhum profissional realiza encaminhamento por sequelas cognitivas de compreensão; 90,0% encaminham por distúrbios de linguagem expressiva na fala. Para alterações do sistema estomatognático, 80,0% dos médicos não encaminham para fonoaudiólogo e 83,3% dos enfermeiros o fazem. Conclusão Os profissionais demonstraram dificuldade em identificar distúrbios fonoaudiológicos ligados à cognição e ao sistema estomatognático, não encaminhando para reabilitação fonoaudiológica nas Atenções Primária e Secundária à Saúde. Os resultados apontam para a necessidade de ações que auxiliem no processo de educação permanente e melhorem o conhecimento das equipes de APS, para que as sequelas fonoaudiológicas sejam devidamente identificadas e encaminhadas para reabilitação.
OBJETIVO: verificar em recém-nascidos (RNs) sem risco de perda auditiva o índice de passa/falha na Triagem Auditiva Neonatal Universal (TANU), relacionando-o com o sexo, o tipo de parto e o tempo de vida. MÉTODO: caracteriza-se como um estudo quantitativo, retrospectivo, transversal e de grupo, inserido na atenção secundária à saúde do hospital universitário onde foram analisados 1.526 prontuários de RNs, com analisador de Emissões Otoacústicas Transientes (EOAT) modelo Otoport Lite. Adotou-se como critério de inclusão RNs de ambos os sexos, nascidos a termo. Foram excluídos da pesquisa 355 RNs que apresentaram um dos indicadores de risco associados à perda auditiva, ou ainda se alguns dos dados coletados pela pesquisa estivessem incompletos. A amostra estudada foi de 1.171 prontuários. RESULTADOS: 88,3% dos RNs passaram na primeira triagem. Não foram encontrados achados significantes em relação ao índice de falha e aos fatores sexo e tipo de parto. Os RNs que realizaram a triagem até 28 horas após o nascimento falharam mais frequentemente, enquanto os com mais de 32 horas de vida passaram mais frequentemente na primeira triagem. CONCLUSÃO: o estudo demonstrou que houve um momento mais adequado para a realização da primeira triagem após 32 horas de vida.
Introdução: A traqueostomia pode impactar na deglutição e gerar alterações neurofisiológicas e mecânicas. Objetivo: Analisar a funcionalidade da deglutição em pacientes traqueostomizados internados em um hospital universitário, pré e pós intervenção fonoaudiológica por meio da análise de protocolos do serviço – Protocolo Adaptado (base na escala FOIS e Protocolo de Avaliação do Risco para Disfagia – PARD). Método: Estudo transversal, retrospectivo, analítico observacional, de abordagem quantitativa. Analisados 114 protocolos de avaliação da deglutição, verificou-se o grau de disfagia conforme a classificação de O’Neil e escala FOIS em um período de quatro anos. Pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Instituição (29894920.5.0000.5349). Resultados: Após analisados os protocolos constataram-se que a maioria era do sexo masculino com média de idade de 54,55 anos. Observou-se a predominância das seguintes comorbidades prévias de saúde: pneumonia, hipertensão arterial sistêmica e acidente vascular encefálico isquêmico. Após o acompanhamento fonoaudiológico houve melhora da biomecânica da deglutição com mais pacientes apresentando deglutição funcional – um (0,9%) para 12 (10,5%), redução do número de sujeitos com disfagia grave – 32 (28,1%) para 17 (14,9%) e maior ingestão por via oral – 79 (69,3%) dos pacientes aumentaram o nível de ingestão oral conforme a escala FOIS. A maior parte da amostra apresentou boa tolerância à oclusão de traqueostomia e 60 (52,6%) progrediram para decanulação. Conclusão: A presença da traqueostomia impactou sobre a funcionalidade da deglutição, pois a maioria dos pacientes possuía algum grau de disfagia. Ressalta-se a importância da atuação fonoaudiológica no processo de reabilitação da deglutição, auxiliando no processo de decanulação.
RESUMO Objetivo Caracterizar o perfil epidemiológico de usuários encaminhados para atendimento fonoaudiológico no município de Canoas (RS). Métodos Estudo epidemiológico, transversal e descritivo. A pesquisa foi feita a partir de dados do Sistema Integrado de Gestão de Serviços de Saúde de Canoas (RS), com coleta da lista de espera para atendimento fonoaudiológico, sob controle da Diretoria de Regulação Municipal. Resultados a lista de espera contemplou 850 encaminhamentos para Fonoaudiologia, datando de 18/01/2018 até 27/08/2021. O maior número de encaminhamentos foi de crianças de 4 a 7 anos de idade, com 244 (28%), sendo 484 usuários do gênero masculino (56,9%), 702 brancos (82,6%) e encaminhados pela atenção primária (totalizando 76,2%). O tempo de espera na lista da regulação teve média de um ano e seis meses e variou com 186 usuários aguardando entre 7-12 meses (21,8%), 168 usuários aguardando entre 0,6 meses (19,7%) e 167 usuários aguardando entre 25-30 meses (19,6%). As queixas principais foram de linguagem e fala (60,2%). Conclusão Observou-se um represamento da demanda para atendimento fonoaudiológico pelo Sistema Único de Saúde em Canoas (RS), com baixa rotatividade e tempo de espera longo para reabilitação dos usuários, em sua maioria crianças. A partir deste estudo, espera-se auxiliar na identificação dessa demanda e, assim, possibilitar a criação de políticas públicas de habilitação ou reabilitação no município e melhorar o acesso da população ao atendimento especializado
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