RESUMO:As dificuldades de produção de texto apresentadas por muitos estudantes brasileiros são, periodicamente, motivo de discussão na mídia, especialmente quando são divulgados dados do ENEM, e no universo acadêmico. Professores que trabalham com avaliação de provas discursivas para ingresso nas universidades sabem que grande parte dos candidatos conclui a Educação Básica materializando em suas produções problemas que remontam ao seu processo de aquisição da escrita, tais como "concerteza", "masomenos" e "april". O fato de esses alunos deixarem os bancos escolares apresentando dificuldades dessa ordem é sintomático de uma realidade que parece indicar que a escola, de uma forma geral, não tem conseguido agir de forma eficaz na superação desses problemas. A investigação aqui proposta, que integra uma pesquisa maior ainda em andamento, tem como objetivo analisar o tratamento dispensado, por um grupo de 28 professores que atuam na rede estadual de Pernambuco, a problemas de ordem fonoortográficas como os supracitados. Os dados de uma análise preliminar mostram que esse grupo de docentes não conhece a natureza de fenômenos como os acima citados, pois não conseguiu, em sua grande maioria, explicar os problemas. Tal dificuldade tem como consequência a inabilidade para intervir na resolução de problemas de origem fono-ortográficas. PALAVRAS-CHAVE: Fonética. Fonologia. Ensino de Língua PortuguesaABSTRACT: Discussions on the difficulties of text production amongst Brazilian students emerge, now and then, in both the academia and the media, especially in relation to the results of the Brazilian High School Exam. Teachers who assess Portuguese-language essays in university entrance examinations know that most of the candidates materialize in their texts problems that echo their writing learning process, such as "concerteza," "masomenos," and "april." The fact that students leave school with such difficulties is symptomatic of schools' inability to effectively overcome such problems. This paper is part of a larger on-going study and aims to analyze how a group of 28 teachers working in public schools in the State of Pernambuco, Brazil, address phoetic and orthographic problems. The preliminary results reveal that this group of teachers does not know the nature of such phenomena, which eventually leads to their inability to propose interventions aimed at solving phonetic and orthographic problems among their students.
Tendo como objeto empírico as relações dialógicas inerentes ao processo de implementação de projetos urbanos em fase inicial, o presente artigo tem por objetivo defender a índole dialógica da paisagem; defender que essa categoria geográfica é ontologicamente dialógica. Defendemos que uma abordagem dialógica da paisagem nos permitirá refletir, por exemplo, sobre a relação paisagem-poder extrapolando a dicotomia, que tem tomado esse debate, entre paisagem hegemônica e contra-hegemônica. Permitirá, num mesmo movimento, extrapolar o fetichismo da rebeldia que tem tomado os debates que revelam a mobilização de elementos da paisagem como forma de contestação e canal para reivindicações públicas frente a projetos urbanos em fase inicial; extrapolar a relação entre resistência e paisagem em direção ao entendimento de uma índole responsiva e, logo, dialógica da paisagem.
Após desenvolver pesquisa sobre oralidade no livro didático de Português adotado em escolas brasileiras (SILVA; LUNA, 2014) e almejando investigar outro contexto, este estudo objetivou analisar atividades de oralidade em manual adotado em Portugal. Para isso, realizou-se pesquisa qualitativa, cujo corpus é formado por um manual didático do 3º ciclo do Ensino Básico (correspondente ao 9º ano do Ensino Fundamental brasileiro). As análises foram fundamentadas nos pressupostos teóricos presentes em trabalhos como os de Marcuschi (2007) e de Dolz, Schneuwly e Haller (2004). Os resultados apontam que o domínio da oralidade é bastante presente no manual e dialoga parcialmente com o documento oficial em vigência, o Programa e as Metas de Português do Ensino Básico (BUESCU et al., 2015). Em relação aos tipos de propostas, identificamos atividades que possibilitam, relativamente, aos alunos evoluírem em suas práticas de usos linguísticos, pois elas pouco contribuem para formação do usuário competente da língua materna.
RESUMO O artigo objetiva defender a índole dialógica da paisagem. Trabalhando na fronteira entre a filosofia bakhtiniana da linguagem e os estudos culturais da paisagem, defendemos que a paisagem não seja estudada sem considerar as formas culturais de comunicação nos diferentes domínios da organização social – os gêneros discursivos; que toda paisagem é encontro semiótico com uma alteridade concreta; que o intérprete que emerge quando uma área entra em relação de representação é necessariamente caracterizado por um cronotopo; que toda paisagem é representação cronotópica; que a geografia cultural reconheça que os aspectos semióticos da paisagem são tão materiais quanto sua morfologia. Partimos da hipótese de que a paisagem é uma representação cronotópica que sempre se realiza através de algum gênero discursivo, pois sempre é um processo comunicativo e de encontro com o outro em uma situação de inter-relação socialmente organizada – é diálogo concreto. Para adentrar à profundeza de seus sentidos, precisa-se reconhecer e compreender sua índole material, histórica, geográfica e dialógica.
RESUMO A Nomenclatura Gramatical em vigor em Portugal até 2003 datava de 1967. Em 2007, instituiu-se uma nova terminologia linguística, por meio da publicação do Dicionário Terminológico (DT). Tal dicionário resultou da revisão da Terminologia Linguística para os Ensinos Básico e Secundário, analisada neste estudo. Em 2015, outro importante documento entrou em vigor: o Programa e Metas Curriculares de Português para o Ensino Básico e Secundário (PMCPEB). Considerando a importância da Fonética e da Fonologia para a reflexão sobre a língua e para a ampliação dos saberes linguísticos dos alunos, e levando em conta o fato de, tradicionalmente, essas áreas fazerem-se pouco presentes no currículo escolar português (VELOSO, 2006), os objetivos desta pesquisa foram: analisar o espaço ocupado pela Fonética e pela Fonologia no PMCPEB, no 3º ciclo do Ensino Básico1 e analisar se os verbetes da revisão da TLEBS contemplam os conteúdos desses campos previstos pelo PMCPEB. O estudo fundamentou-se em Cagliari (2009), Veloso (2006), Veloso e Rodrigues (2002) e evidenciou que essas disciplinas têm escasso lugar no PMCPEB; que os verbetes constantes da revisão da TLEBS não abrangem todos os conteúdos previstos pelo PMCPEB para essas áreas e que há erros terminológicos e imprecisão teórica na composição dos verbetes investigados.
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