Propósito do tema: As políticas e definições sobre ecoturismo abordam basicamente três aspectos: a conservação do meio ambiente, a conscientização ambiental dos visitantes e o envolvimento da comunidade local. A partir desse enfoque, como objetivo analisou-se os resultados das políticas públicas para o desenvolvimento do uso público em Unidades de Conservação. Metodologia e abordagem: A análise foi realizada em duas áreas protegidas, o Parque Estadual Turístico Alto do Ribeira (PETAR), localizado no Estado de São Paulo, no Brasil, e o Strathcona Provincial Park, situado na província de British Columbia, no Canadá. O estudo de casos múltiplos se utilizou de duas fontes de evidências, os documentos das políticas públicas identificadas e as entrevistas com os atores envolvidos: poder público, comunidade local e visitantes. A análise dos documentos e das entrevistas foi realizada por meio da técnica de análise de conteúdo. Tais políticas públicas foram discutidas à luz de bases conceituais sobre áreas protegidas e uso público, bem como sobre os atos normativos sobre uso público em Unidade de Conservação nos dois países. Entre os principais resultados, destaca-se que o foco das políticas públicas em atividades mais permissivas, no caso canadense, ou na restrição de atividades, no caso brasileiro, não é preponderante para a conservação do meio ambiente. Originalidade do documento: A política de terceirizações, adotada em British Columbia e que começa a ser implantada em São Paulo, tem impactado de forma mais direta os três aspectos analisados.
O presente artigo oferece uma perspectiva sobre o turismo no Brasil, analisando os principais desdobramentos com foco no período de 2000-2019. Trata-se de um artigo de opinião com reflexões de acadêmicos do turismo brasileiro. Os tópicos relacionados ao turismo, cobertos neste artigo, incluem economia, política e planejamento, marketing, transporte, meio ambiente, gastronomia, hospitalidade, lazer, entre outros. Como principal conclusão, considera-se que o Brasil não conseguiu se posicionar como destino de renome internacional, já que desde a década de 1990 os esforços para apoiar o desenvolvimento do turismo regional obtiveram sucesso apenas moderado. As crises econômicas, a instabilidade política, a violência e a corrupção foram entraves que afetaram consideravelmente o setor de turismo. A falta de uma abordagem coordenada entre os vários níveis de governo, a escassez de dados de turismo e uma campanha de marketing supra-governamental de longo prazo, entre outros fatores, fizeram com que o país perdesse várias oportunidades importantes na década de 2010 para se estabelecer como um dos principais destinos turísticos no mercado global.
Este artigo apresenta algumas características do entendimento da natureza pela sociedade ocidental e discute como o conceito de Unidades de Conservação se insere nesse contexto. Com base no modelo adotado pelo Brasil para o manejo destas Unidades de Conservação, são apresentados os principais problemas e conflitos que ocorrem presentemente nestas unidades. Utilizando como área de estudo o Núcleo Picinguaba do Parque Estadual da Serra do Mar, situado no litoral norte do Estado de São Paulo, são apresentadas informações para o planejamento e gestão do veraneio e do Ecoturismo no Núcleo Picinguaba, que visam contribuir para redução dos problemas encontrados no manejo destas áreas protegidas.
As Unidades de Conservação foram criadas de uma maneira antidemocrática, incorporando em suas áreas o território de comunidades tradicionais. O cerceamento de atividades tradicionais, como agricultura e extrativismo, levou tais comunidades a desenvolver atividades e serviços voltados ao turismo. O objetivo deste artigo foi avaliar as possibilidades de desenvolvimento e gestão de um turismo de base comunitária na Vila de Barra do Una, inserida na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Barra do Una (RDSBU), analisando os conflitos e impactos socioculturais ocasionados pelas atividades de turismo. O método utilizado foi o etnográfico, baseado em uma descrição densa, na observação participante e em entrevistas com atores-chaves: líderes da comunidade, gestores da unidade de conservação e veranistas. Os resultados apresentam pontos positivos e negativos na comunidade para o desenvolvimento do turismo de base comunitária ante sua organização interna e na relação com os atores externos, notadamente a gestão da unidade de conservação.
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