Exegese Iconográfica é uma perspectiva dentre os Estudos Bíblicos que utiliza vestígios visuais da antiga Palestina/Israel para iluminar termos, textos ou conceitos bíblicos. Enquanto suas origens remontam a Othmar Keel e pesquisadores associados a ele, a chamada Escola de Friburgo, sua prática alcançou recentemente posição consolidada dentre o cânon de perspectivas exegéticas. Contudo, apesar de ser praticada há quase cinquenta anos no mundo germanófono e pouco mais de trinta anos no mundo anglófono, pouco se produziu sobre a perspectiva em língua portuguesa. O artigo preenche essa lacuna fazendo uma brevíssima introdução à perspectiva, apresentando sua definição, desenvolvimentos históricos, principais conceitos e métodos.
A difícil relação entre “cultura popular” e “religião” é alvo recorrente de discussões nas Ciências da Religião e na História da Religião do Antigo Israel. Dentre as variadas aproximações ao tema, há dificuldades na categorização dos conceitos, assim como posições divergentes sobre o lugar dessas práticas dentre o quadro sócio-religioso mais amplo. O presente artigo, alimentado e reagindo à discussão, coopera através da conceituação de objetos de poder como mídia, i.e., como objetos que, ao encarnar “poder religioso”, tornam-se, em si, poder religioso, hibridizando alteridade e identidade últimas. Para tanto, é realizado breve panorama sobre a discussão de magia na História da Religião de Israel e uma discussão, a partir da filosofia de mídia e estudos de cultura material, para a conceituação de objetos de poder. Ao fim, é apresentado estudo de caso com análise de um selo de estampar de osso de tell en-Nasḅeh.
The article problematizes the use of different disciplines in the interpretation of the so-called “Biblical World.” Arguing that a first step towards the critical biblical interpretation is the decision of a framework on which sources and related disciplines work, it presents different methodological frameworks for the juxtaposition, intersection, transcendence, or avoidance of disciplines to favor the critical biblical interpretation. Ultimately, the article presents a taxonomy of historical sources to tentatively propose an antidisciplinary framework to fuel innovation by focusing the research object.
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