Este artigo se propõe a discutir a questão da existência, ou não, de um teatro simbolista a partir da análise da linguagem poética da obra dramática de António Patrício. A singularidade dos seus dramas assenta-se em uma tensão entre prosa e poesia que, longe de invalidar a existência de um teatro simbolista, constitui o pilar sobre o qual o teatro simbolista encontra uma possibilidade de sustentação, por meio de sua espetacularidade verbal.
e4413075This article aims to reflect on the model of the University that was constituted throughout Modernity and how this extensive process led to the decline of the presence of Arts and Humanities at the University, as well as the depreciation of these areas of knowledge. In the first part, the historicization of this process and its consequences in the current higher education are presented, considering both the Brazilian and the international scenario. In the second, it analyzes how the overvaluation of scientific and technological knowledge, in Modernity, excluded the Arts and Humanities from university education and, not coincidentally, coincided with its growing disrepute and the illness of society. In order to contribute to the reversal of this situation, the methodology of the Humanities Laboratory (LabHum), which appeared at the Escola Paulista de Medicina (EPM), of the Federal University of São Paulo (UNIFESP) is presented in the third part; and, in the fourth and last part, the example of a cycle of this laboratory is presented in order to demonstrate the potential of this proposal for humanistic and humanizing training in higher education and even the university itself.ResumoO presente artigo objetiva refletir sobre o modelo de Universidade que foi se constituindo ao longo da Modernidade e como esse extenso processo levou ao declínio da presença das Artes e das Humanidades na Universidade, bem como à depreciação dessas áreas do conhecimento. Na primeira parte, apresenta-se a historicização desse processo e suas consequências na formação superior atual, considerando-se tanto o cenário brasileiro como o internacional. Na segunda, analisa-se como a sobrevalorização do conhecimento científico e tecnológico, na Modernidade, alijou as Artes e as Humanidades da formação universitária e, não por acaso, coincidiu com seu crescente desprestígio e com o adoecimento da sociedade. Visando contribuir para a reversão desse quadro, apresenta-se, na terceira parte, a metodologia do Laboratório de Humanidades (LabHum), surgido na Escola Paulista de Medicina (EPM), da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP); e, na quarta e última parte, apresenta-se o exemplo de um ciclo deste laboratório a fim de demonstrar o potencial desta proposta de formação humanística e humanizadora da educação superior e, inclusive, da própria universidade.Palavras-chave: Humanização, Literatura, Educação superior, Universidade.Keywords: Humanization, Literature, College education, University.ReferencesARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Coleção A Obra Prima de Cada Autor. São Paulo: Martin Claret, disponibilizada pela LeLivros em http://lelivros.love/book/baixar-livro-etica-a-nicomaco-aristoteles-em-pdf-epub-e-mobi-ou-ler-online/. Acesso em 26/02/2020.BACHELARD, Gaston. A Poética do Espaço. Tradução de J. J. Moura Ramos. 2ª edição, São Paulo: Abril [Col. Os Pensadores], 1984.BENTO, Jorge Olímpio. Do estado da universidade: metida num sarcófago ou no Leito de Procrustes?. Avaliação (Campinas), Sorocaba , v. 19, n. 3, p. 689-721, Nov. 2014 . Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttextpid=S1414-40772014000300009lng=ennrm=iso. Acesso em: 24 Nov. 2019. http://dx.doi.org/10.1590/S1414-40772014000300009.CASTILHO, Fausto. O conceito de universidade no projeto da UNICAMP. Campinas: Editora Unicamp, 2008.COELHO, Teixeira. A Cultura como Experiência. Humanidades: um novo curso na USP. Renato Janine Ribeiro (Org.). São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2001.GALLIAN, Dante. A literatura como remédio: os clássicos e a saúde da alma. São Paulo: Martin Claret, 2017.GALLIAN, Dante; PONDÉ, Luís Felipe; RUIZ, Rafael Humanização, Humanismos e Humanidades: problematizando conceitos e práticas no contexto da saúde no Brasil. . Revista Internacional de Humanidades Médicas. V. 1. N. 1, 2012, pp. 5-15.HOBSBAWN, Eric. A era dos extremos: o breve século XX. 1941-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.HUMBOLDT, Wilhelm von. Sobre a organização interna e externa das instituições científicas superiores em Berlim. Rio de Janeiro: EdUERJ,1997.PEREIRA, Elisabete Monteiro de Aguiar. A universidade da modernidade nos tempos atuais. Avaliação (Campinas), Sorocaba , v. 14, n. 1, p. 29-52, Mar. 2009 . Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttextpid=S1414-40772009000100003lng=ennrm=iso. Acesso em: 02 Jan. 2020. http://dx.doi.org/10.1590/S1414-40772009000100003.PERRONE-MOISÉS. Pra que servem as Humanidades? Caderno Mais. Folha de São Paulo, 2002.PETIT, Michèle. Ler o mundo: Experiências de transmissão cultural nos dias de hoje. Tradução de Julia Vidile. São Paulo: Editora 34, 2019.SHAKESPEARE, William. Hamlet. Tradução de Millôr Fernandes. 2ª ed. Porto Alegre, RS: LPM, 2019.TERRA, R. Humboldt e a formação do modelo de universidade e pesquisa alemã. Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade, v. 24, n. 1, p. 133-150, 27 jun. 2019.
pela generosa interlocução e empréstimo de livros.A minha ex-coordenadora geral do curso de Letras da Unip, Profa. Inez Sautchuk, por todo apoio e suporte ao longo de todos os anos em que trabalhamos juntas.
Resumo O presente relato tem como objetivo descrever o início dos estágios supervisionados em língua portuguesa e suas literaturas a partir da relevância do estabelecimento da parceria escola-universidade. Busca ainda tecer algumas reflexões acerca do olhar da universidade sobre as escolas públicas de educação básica. Palavras-chave: estágio supervisionado; parceria escola-universidade; leituras
Este artigo tem como objetivo discutir os principais pressupostos da medicina narrativa, sua articulação com a compaixão e aplicabilidade para análise de um conto literário. O artigo está dividido em quatro partes. Uma breve introdução, que situa o leitor a partir do referencial teórico da medicina narrativa e sua contraposição ao modelo biomédico tradicional. Em seguida serão articuladas convergências teórica-práticas entre a medicina narrativa e a compaixão. Posteriormente, é trazer o conto "Marido", de Lígia Jorge (1997), sob a consciência da medicina narrativa e da compaixão. Como considerações finais elucidam o lugar central da compaixão na medicina narrativa, privilegiando o alívio do sofrimento humano como função primordial. Espera-se aproximar o leitor da potência que tem a medicina narrativa enquanto atuação ética e humana, e suscitar insights que aproximam a teoria de uma prática médica singular, compassiva e cuidadosa.
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