Neste estudo visou-se investigar a relação entre o desempenho de gestão e as variáveis que influenciaram a eficiência e efetividade do programa Bolsa Família (comunicação interorganizacional, condições socioeconômicas, esforço administrativo dos órgãos executores, recursos destinados). Os dados foram anuais e secundários dos municípios de Minas Gerais no período de 2011 a 2017. A análise se baseou no índice de Gestão Descentralizada, indicador de monitoramento e incentivo financeiro à gestão municipal do programa. Utilizou-se estatística descritiva e regressão de dados em painel. O estudo sugeriu a rejeição da hipótese de que a eficiência (esforço) de execução dos implementadores estaria associada de forma positiva com o desempenho de gestão. As disparidades entre os municípios foram observadas, ressaltando a relevância de estudos comparativos dos desempenhos nas regiões do Estado. Como principal conclusão, os dados apontam que o desempenho de gestão está associado à eficácia e não à efetividade da política pública.
Este artigo apresenta um estudo da configuração de determinada rede produtiva a partir das ações de políticas governamentais, agentes de mercado e da inovação presente nas empresas da rede APL. Para tanto, aplicou-se 21 questionários de rede e 26 entrevistas com proprietários das empresas e entidades de apoio, e efetuou-se uma pesquisa documental sobre o histórico do APL. Os dados sobre tipos de inovações ocorridas nas empresas, entre 2009 e 2013, e seus fatores de influência foram analisados e categorizados por estatísticas descritivas. A influência dos agentes nas inovações foi examinada com indicadores de redes sociais. Assim, procedeu-se a triangulação e análise das fontes de dados para compor o caso. Verificou-se que as práticas de inovação das empresas são influenciadas pelas empresas de referência no mercado. Já as entidades de apoio, responsáveis pelas ações da governança pública, não assumem destaque quanto à centralidade, proximidade e intermediação da rede de inovação.
O direito à saúde é fundamental à vida, sendo um dos principais direitos humanos. A efetivação desse direito via sistema judiciário é um mecanismo de defesa de cidadãos para garantir que o Estado cumpra seu papel por intermédio de investimentos na estrutura de saúde e da execução de políticas públicas. Buscou-se investigar os fatores que influenciam o volume de processos de judicialização da saúde, elucidando a relação entre vulnerabilidade socioeconômica, estrutura de saúde pública e estrutura de acesso à justiça nas comarcas do estado de Minas Gerais, no período de 2015 a 2017. A pesquisa foi construída com base em dados primários e secundários sobre as variáveis do modelo. Procedeu-se à análise de dados em painéis para validação das hipóteses teóricas e discussão de resultados. Observou-se, conforme apontamentos de estudos empíricos, que a judicialização da saúde tem maior volume de processos em regiões com menor vulnerabilidade econômica, menor estrutura de acesso à justiça e maior investimento em estrutura de saúde, diferentemente do levantamento teórico de suporte das hipóteses do estudo. Esperava-se que o grau de vulnerabilidade socioeconômico fosse determinante no volume de judicialização. Sendo assim, as hipóteses teóricas foram refutadas. Sugere-se a inclusão de outras variáveis referentes à estrutura de saúde pública e de características demográficas da população, como as do cadastro de políticas de assistência social, para nova análise das hipóteses em estudos futuros.
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