Resumo O objetivo deste estudo foi avaliar o desempenho de modelos numéricos de mesoescala em simular condições de vento no estado da Paraíba-BRA. Para isso um estudo de caso foi realizado para o mês de setembro de 2010, no qual foram comparados dados de velocidade do vento coletados a partir de sensores instalados em torres anemométricas padronizadas para estudos eólicos com dados simulados pelos modelos BRAMS e WRF. As torres estão localizadas nas mesorregiões do Agreste, Borborema e Sertão da Paraíba-BRA. Os resultados revelam que para a localidade analisada no Agreste o WRF acompanha as variações de velocidade média do vento de forma mais concisa, ao passo que para as localidades situadas na Borborema e no Sertão os ciclos reproduzidos pelo BRAMS mostraram-se mais próximos dos ciclos observados. De acordo com a análise estatística os maiores erros foram encontrados para a localidade da Borborema e os menores para a do Agreste, ambos para os resultados do WRF. De modo geral, os dados observados e simulados pelos modelos apresentam uma forte correlação com significância estatística de 99% de acordo com o teste estatístico aplicado.
O presente trabalho trata da estimativa do potencial eólico da cidade de Campo Grande, MS, onde foram extraídas medições da velocidade do vento ao longo do ano de 2015. Essa análise foi feita a partir do uso da distribuição de probabilidades de Weibull para melhor representar o conjunto de dados medidos. Para se estimar os parâmetros desta distribuição foram utilizados três métodos numéricos: método do fator padrão de energia, método de regressão de mínimos quadrados, método de momentos e método de desvio padrão médio. O estudo comparativo entre os métodos escolhidos foi realizado com o auxílio de índices estatísticos de análise como o erro do qui-quadrado e a raiz do erro quadrático médio. Os valores encontrados para os fatores de forma e escala, respectivamente, para o método com menor porcentagem de erros foram de 3,64 e 3,35 m/s para o ano de 2015. A partir da análise dos dados, verifica-se que, se a distribuição da velocidade do vento corresponder bem com a função Weibull, os três métodos acima são aplicáveis.
A radiação solar incidente (Qg) é uma variável importante em estudos agrícolas, particularmente para a estimativa da evapotranspiração e em modelos para produtividade, assim como para produção de energia. Entretanto, sua medição não é, em geral, realizada em estações meteorológicas convencionais. O objetivo deste trabalho foi avaliar dois modelos empíricos de estimativa de (Qg), a partir da temperatura, e adicionalmente traçar as isolinhas para o Estado de Mato Grosso do Sul. Dados de Qg diários foram obtidos por estações meteorológicas automáticas instaladas ao longo do estado e pertencentes ao Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Para os dois modelos foram gerados coeficientes locais de calibração. O desempenho de cada método foi avaliado através dos seguintes indicadores: o Viés, o erro quadrático médio (EQM), o erro absoluto médio (EA) e o índice de correlação (r). Os resultados mostraram que o Modelo 1 teve um melhor desempenho, apresentando um coeficiente de correlação de 0,77 e EQM e EA inferiores a 1,8 MJ. Isto significa que tal modelo é passível de utilização para estimativa de radiação solar, mas, dado à simplicidade, desempenho e significância.
Resumo A utilização de modelos numéricos para avaliação dos recursos eólicos vem crescendo cada vez mais. Diante disso, foi realizada uma avaliação do desempenho dos modelos BRAMS e WRF como ferramentas na investigação inicial de sites eólicos no estado da Paraíba. As simulações para um período de três anos sugerem que as regiões centrais do estado tendem a apresentar ventos mais intensos que as demais regiões e que a primavera é a estação que apresenta ventos de maior intensidade. Foram gerados também cenários para março e setembro, meses que estão, respectivamente, entre os de menor e maior intensidade de vento no estado. Para esses cenários o Bias variou de -0,31 a -2,24 m/s e o EQM de 0,88 a 2,40 m/s para o BRAMS. Para o WRF o Bias foi de 0,53 a 1,81 m/s e EQM de 0,79 a 1,92 m/s. Os menores Bias e EQM foram obtidos para as localidades analisadas na Borborema nos meses de março (BRAMS) e no Agreste em setembro (WRF). Estes resultados sugerem que os modelos precisam ser melhor configurados para uma maior representatividade do vento local, especialmente com relação às parametrizações da camada limite e da superfície. De modo geral, os resultados revelam a coerência dos modelos em termos de intensificação/desintensificação dos ventos de acordo com as características sazonais da área de estudo.
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