Nesse artigo, discute-se a formação de professores alfabetizadores na perspectiva da Teoria Histórico-Cultural (THC), visando alcançar o objetivo geral de analisar em que medida o processo formativo colaborativo desenvolvido pela pesquisadora, no período de seu doutorado, se aproximou ou se distanciou da perspectiva de formação do pensamento conceitual postulado pela THC. Objetiva-se, especificamente, identificar os limites e possibilidades encontrados para a realização do processo formativo colaborativo na escola da pesquisa e, avaliar em que medida esse processo contribuiu ou não para ampliar o repertório de conhecimentos sobre alfabetização das duas professoras que participaram da pesquisa. Para tanto, aplicou-se as técnicas de observação, autoscopia e grupo dialogal, gerando dados que foram analisados considerando as contribuições de Vygotski (2014), cotejando-as com ideias de outros autores da THC. Os resultados apontam possibilidades de desenvolver o pensamento conceitual de professores alfabetizadores a partir de um modelo de formação que: a) priorize a apropriação do conhecimento científico já produzido sobre alfabetização; b) parta das necessidades dos professores para criar novas necessidades e, c) considere o professor como protagonista, ou melhor, corresponsável pelo processo. Os resultados mostram, também, os limites encontrados para o desenvolvimento dessa proposta, apontando as possíveis saídas para superá-las.
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