É assente, entre os historiadores, que os sujeitos sempre se posicionam a partir de um lugar social e que os olhares que assumem são permanentemente contingenciados por circunstâncias que emergem em função de tais lugares. Parece pertinente, portanto, que se faça um esclarecimento inicial acerca Revista Brasileira de História.
O objetivo desse artigo é problematizar os encontros da criança com as marcas do tempo passado no presente. Partindo de um acontecimento no qual, pela primeira vez na vida, um grupo de crianças foi um museu, discute-se, com base nas falas e estranhamentos das crianças, seus critérios de nomeação e busca de inteligibilidade desse estranho passado.
O que significa, para a criança, aprender sobre o Tempo, essa plural e intangível marca do humano? Que dificuldades envolvem o manejo de suas múltiplas categorias, bem como a compreensão da ideia de mudança? O que representa, para o professor, o trabalho de dilatação da consciência temporal do jovem num mundo conectado e num tempo acelerado pelas rápidas transformações do presente? Que relações existem entre o modo pelo qual historiadores interpretam o tempo e aquilo que fazemos com tais ferramentas interpretativas no espaço da sala de aula com nossos estudantes? Que permeabilidades e diálogos a sala de aula pode construir para com as camadas temporais que se dispõem para cada um de nós no mundo que circunda a escola e que pulsam ao nosso redor? O que significa educar o olhar para a percepção de tais camadas temporais, entre visibilidades e invisibilidades? Afinal de contas, por que aprender o tempo histórico é algo tão denso e segue sendo tão desafiador para muitos professores? Estas e outras perguntas estiveram sob a esteira de construção deste artigo, cujo objetivo principal é problematizar o tratamento da questão da temporalidade histórica na sala de aula e na escola.
o que significa educar para a compreensão da história? Um olhar a partir de um programa de avaliação educacional Sania Regina lV1irallda' RESUMO oartigo visa discutir os significados eimportância de um trabalho de "educação histórica" ao longo do ensino fundamental emédio, bem como avaliar algumas tendências verificáveis nesses níveis de escolarização quanto à aprendizagem da História. Para tanto, foram utilizados os resultados auferidos pelo I'rogramade avaliação educacional empreendido no estado de Minas Gerais.Palavras-chave: ensino de História, aprendizagem, temporalidade histórica, conhecimento, formaÇlo de professores.Tenho vivenciado, ao longo de aproximadamente 20 anos de profissão, inúmeras situações profissionais que envolvem processos de formação inicial ou continuada de professores nas quais um dilema, aparentemente central, atinge grande número de docentes do ensino fundamental e médio: o que selecionar para ser trabalhado com os alunos como conteúdo histórico essencial e, em contrapartida, o que eliminar? Os alunos devem ou não aprender Período Regencial, Egito Faraônico, Mercantilismo, ou afase da Assembléia constituinte na revolução Francesa? Precisam ou não estudar Brasil junto com Europa, China, JÍJrica e]apão?Mas e se o aluno não estudar Unificação de Portugal? Como ele passará pela escola sem esse conteúdo? Eles podem ou não ficar sem estudar época contemporânea, idade média ou qualquer outro assunto selecionado dentro de uma cultura curricular constituída sobre uma cronologia evolutiva e eurocêntrica? Como resolver, então, o problema do tempo destinado a "cumprir" o programa € , como fazer para tornar tais programas cada vez
-Secularization and Religious Intolerance: challenges for the History taught. This article proposes reflections regarding challenges involved in teaching Afro-Brazilian and indigenous people history and culture in a context where mediatic strategies to promote social and political intolerance have been radicalized. It focuses on the analysis of the complex topic of education for the religious coexistence in a secular State. The authors consider the challenges arising from the promotion of an education that is pluralist, non-proselytic and conscious of the constitutional right to religious and agnostic rite, creed and expression, involving teachers in situations of symbolic, political and pedagogical disputes with a religious background. Keywords: History Teaching. Education for Citizenship. Laity of State. Daily School Life. RESUMO -Laicização e intolerância religiosa: desafios para a História ensinada. Propõem-se, neste artigo, reflexões acerca dos desafios do ensino de história e cultura afro-brasileira e indígena num contexto de radicalização de estratégias midiáticas de promoção da intolerância social e política, com foco na análise do complexo tema da educação para a convivência religiosa num Estado Laico. As autoras consideram os desafios de promoção de uma educação pluralista, não proselitista e cônscia dos direitos constitucionais de rito, crença e manifestação religiosa e agnóstica, o que envolve os docentes em situações de disputas simbólicas, políticas e pedagógicas de fundo religioso. Palavras-chave: Ensino de História. Educação para a Cidadania. Laicidade do Estado. Cotidiano Escolar.
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