o estudo teve como objetivo analisar a experiência pedagógica e a formação dos docentes do curso de Educação Física das universidades portuguesas face ao processo de inclusão. A amostra foi constituída por 60 professores de nove Instituições de Ensino Superior de Portugal. O instrumento utilizado foi um questionário. Para análise recorremos à estatística descritiva. Constatamos que 61,7% dos professores afirmaram possuir algum tipo de formação em Educação Especial obtido ao longo da vida acadêmica; por outro lado, 70% dos docentes relataram não ter participado de formação continuada em Educação Especial. Averiguamos, também, que a maioria dos docentesnunca teve a experiência de lecionar para alunos com deficiência. As reflexões a partir dos dados recolhidos têm intenção de contribuir para a formação do docente universitário seja mais sistematizada dialogando com outros estudos e com os desafios impostos pelas práticas, considerando a carência de pesquisas nessa temática.
Objetiva-se analisar as mudanças na prática docente de professores em formação inicial de Educação Física na Educação Infantil ao decorrer da disciplina de Estágio Supervisionado, mediante a processos colaborativos. Participaram da pesquisa duas professoras em formação do curso de licenciatura em Educação Física, matriculadas no Estágio Supervisionado II, de uma universidade pública de Minas Gerais. Para a produção dos dados, utilizou-se a técnica da autoconfrontação simples, aplicada após a primeira e a segunda metade das intervenções. E, como suplementar, uma entrevista semiestruturada, observações participantes de aula e análise documental. Para a análise dos dados, utilize-se a técnica de Análise de Conteúdo.Os resultados revelaram que, na primeira metade das intervenções, as professoras em formação adotaram uma lógica de pensamento adultocêntrico que desconsiderava o interesse das crianças no planejamento e alimentava um sentimento de queixa na disciplina. A partir de processos de colaborativos, especialmente entre a primeira e a segunda metade de intervenção, as professoras puderam ressignificar ao experimentar acerca das experiências na disciplina e das manifestações das crianças. Além disso, elas constituíram um repertório de práticas por meio de experiências bem-sucedidas, que foi mobilizado nas últimas aulas e utilizado para propor mudanças das atividades observadas na segunda seção de autoconfrontação.Considera-se que houve mudanças na prática docente das professoras em formação a favor dos diferentes interesses presentes em aula,
O artigo teve como objetivo discutir a concepção de ensino da Educação Física na Educação Infantil a partir do olhar de estagiários da Licenciatura. Participaram dessa pesquisa quatro estagiários matriculados na disciplina de Estágio Supervisionado do curso de Licenciatura Educação Física de uma Universidade da zona da mata mineira. O instrumento metodológico para a produção dos dados foi a entrevista semiestruturada, e a técnica para o trato dos dados foi a Análise de Conteúdo. Identificou-se que, dentre os entrevistados, dois conceberam o papel do ensino do componente curricular sob a perspectiva biologizante, um se ancorou na Pedagogia Histórico-Crítica e um último acreditava na combinação das duas anteriores. Concluiu-se que apenas a fala de um estagiário corroborava com os estudos contemporâneos do ensino na Educação Infantil e da Educação Física Escolar e que, para alterar este quadro, é fundamental que os cursos de Licenciatura da área invistam em projetos de ensino e extensão que voltem os olhares aos aspectos da cultura e da sociologia, bem como, considerem as crianças como seres históricos e sociais.
Objetivou-se compreender as primeiras experiências do trabalho docente de professoras em formação inicial da Educação Física na Educação Infantil, em meio a um processo de Autoconfrontação Simples. Participaram da pesquisa duas professoras em formação do curso de licenciatura em Educação Física, matriculadas no Estágio Supervisionado II, de uma Universidade Pública de Minas Gerais. Utilizou-se da técnica de Autoconfrontação Simples, de Clot (2006), para a construção dos dados e, como suplementar, uma entrevista semiestruturada, observações participantes de aula e análise documental. Para a análise dos dados utilizamos a técnica de Análise de Conteúdo, de Bardin (2020). Os resultados apontaram que as primeiras experiências das professoras em formação inicial foram permeadas pelo sentimento de frustração, decorrentes de suas expectativas sobre o trabalho docente. Com isso, buscou-se imprimir um modo adultocêntrico refletido no planejamento e na concretização das aulas, além de revelada uma concepção restrita das infâncias, uma rigidez e pouca adequação do planejamento das aulas ao nível de ensino e a dificuldade para com a autonomia docente. Apesar disso, com o processo de autoconfrontação, elas puderam observar avanços na sua forma de comunicação com as crianças após as primeiras intervenções na disciplina. Concluiu-se que um modo de ensino adultocêntrico perdurou no olhar das professoras em formação inicial que, mesmo com avanços na comunicação com as crianças, ainda dava respaldos a suas práticas pedagógicas.
O pouco conhecimento sobre o ensino inclusivo se reflete, em uma relativa organização social, pela qual a pessoa com deficiência é percebida pelos professores, passando a necessitar de condições especiais para viver. O objetivo da pesquisa foi compreender o olhar dos professores sobre o corpo do aluno com deficiência na perspectiva da Educação Inclusiva. O estudo teve uma abordagem qualitativa, e participaram da pesquisa seis professores regentes de turma e um professor de Educação Física. Utilizamos análise de conteúdo de Bardin para interpretação dos dados. A fala dos professores esteve centrada nas respectivas categorias “Aspectos relacionados à Educação Inclusiva na Educação Básica”; “Corpo e Corporeidade no desenvolvimento do aluno com deficiência”; “Carência do suporte escolar e o processo inclusivo” e “Pontos de vista em relação ao cuidado dispensado ao aluno com deficiência”. Diante dos resultados, o olhar dos professores sobre o corpo do aluno com deficiência dentro da escola ainda denota forma distinta de cuidado, observado no “olhar” de alguns professores, evidenciando que a etapa de adaptação do processo de inclusão ainda tem um longo caminho pela frente. Observamos nas falas dos professores que há uma necessidade de se repensar a prática pedagógica como elemento fundamental de inclusão escolar, e, que mesmo o corpo do aluno com deficiência sendo visto sem diferenças em relação ao aluno sem deficiência, esse corpo é tratado de forma dessemelhante. Diante do exposto, salientamos que pesquisas futuras são necessárias com finalidade de compreender minuciosamente o olhar dos professores sobre a corporeidade do aluno com deficiência.
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