O objetivo deste trabalho é identificar as bases epistemológicas e os marcos legais que sustentam a concepção de habilidades socioemocionais na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) destinada ao Ensino Médio. A pesquisa teve caráter documental, e durante sua realização também foram analisados 3 (três) materiais de educação socioemocional de editoras brasileiras a fim de melhor compreender como o conceito trazido pela BNCC pode comparecer nas atividades escolares. Além do conteúdo explícito, também foi considerado o contexto sociopolítico que perpassa as temáticas abordadas por tais materiais. Sabendo que a BNCC busca manter a pluralidade dos currículos e a autonomia das escolas, foram apresentados benefícios e riscos da adoção do conceito aberto sobre habilidades sociais e emocionais, e suas possíveis implicações na formação dos educandos e na atuação do professor. Ademais, o trabalho teve por sustentáculo a visão da psicologia escolar crítica e a experiência de outros pesquisadores da área.
As principais justificativas que sustentam as propostas de ampliação de tempo escolar em curso nas redes de ensino público brasileiro na atualidade constituem o objeto desse estudo. Ele analisa como a escola integral se associa a um discurso de prevenção de risco social, de modo que a função de assistência social passou a ser incorporada às responsabilidades da instituição escolar. Discute também a noção de educação integral como ação que pretende ir além da escola e problematiza a questão do voluntariado e da desresponsabilização do Estado pela educação pública. Por fim, questiona os argumentos que se sustentam na noção de um novo modelo de escola. A partir de considerações a respeito dos fundamentos e implicações das propostas de ampliação do tempo escolar em curso no Brasil, são expostos os limites e os impasses da reforma.
resumo: Este artigo visa discutir, de forma introdutória, a relação entre o público e o privado a partir do pensamento de Hannah Arendt. Essa discussão é importante na medida em que, contemporaneamente, a distinção entre a esfera pública e a esfera privada tende a ficar subsumida, de modo que o privado aparece como se fosse público e o público, como se fosse privado. Assim, na impossibilidade de compreensão do público e do privado, desaparece a possibilidade da política, como capacidade de romper com o imediato, e emerge o social.pAlAvrAs-cHAve: Esfera pública. Esfera privada. Hannah Arendt.Quanto mais completamente a sociedade moderna rejeita a distinção entre aquilo que é particular e aquilo que é público [...] quanto mais ela introduz entre o privado e o público uma esfera social na qual o privado é transformado em público e vice-versa, mais difíceis torna as coisas para suas crianças [...]. Hannah Arendt, filósofa que está no centro de grandes polêmicas do século XX, afirma que o processo que levou à perda da autoridade, da religião e da tradição é equivalente à perda do fundamento do mundo, de modo que "todas as coisas, a qualquer momento, podem se tornar praticamente qualquer outra coisa" (ARENDT, 2007, p. 132). A autora critica duramente a perda da importância de "fazer distinções", pois, à medida que não se distinguem conceitos e "cada um de nós tem o direito de definir seus termos" (ARENDT, 2007, p. 132), deixamos de viver em um mundo comum Artigo recebido em 25/12/2011 e aprovado em 6/3/2012.
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