Busca em caráter exploratório, reconstruir o legado de lutas do feminismo negro no Brasil, principalmente à partir da década de 1970, junto à organizações diversas. O movimento de mulheres negras atuou e atua desafiando e questionando o feminismo hegemônico, visibilizando demandas raciais, referente a sexualidade e classe. Mulheres negras feminilizaram o movimento negro e enegreceram o movimento feminista, assim presente retoma referencial teórico, acionando às lutas históricas de mulheres negras brasileiras.
O presente trabalho busca tensionar a formação da identidade nacional brasileira, tendo em vista seu profundo alicerce colonial, calcado na ideologia de branqueamento e na democracia racial. Para isso, acionamos a categoria amefricanidade, desenvolvida por Lélia Gonzalez, como tensionamento à narrativa hegemônica da constituição cultural do povo brasileiro e consequentemente sua identidade nacional, inserindo a importância da diáspora negra nas dinâmicas de formações culturais dentro e fora das fronteiras do Estado brasileiro. Assim, o trabalho em tela explora a tentativa de estabelecimento de uma identidade nacional brasileira a partir de processos homogeneizantes de assimilação cultural, que suprimiram identidades negras e indígenas. Com isso, resgatamos aspectos da formação cultural brasileira a partir de uma influência amefricana, transpassando, com isso, as fronteiras do estado-nação. Encaramos com a categoria político-cultural ds amefricanidade como de resgate de uma América Latina e um Brasil que não tem como base sua formação apenas a influência europeia, mas antes de tudo, seu alicerce negro e indígena.
Esta obra é licenciada por uma Licença Creative Commons: Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional -(CC BY-NC-ND 4.0). Os termos desta licença estão disponíveis em: . Direitos para esta edição cedidos à Pimenta Cultural. O conteúdo publicado s u m á r i o Marxismo. APRESENTAÇÃO Entre os dias 23 e 27 de novembro de 2020, o Netsib-Ufes -Núcleo de Teoria Social e Interpretação do Brasil organizou o II Seminário de Pensamento Social Brasileiro -Intelectuais, cultura e democracia.Neste evento foram apresentadas mais de uma centena de comunicações divididas em áreas temáticas, mesas redondas, além das conferências de abertura e encerramento. Os apresentadores de trabalho e conferencistas vieram das mais diversas regiões do país interessados em debater estes temas candentes do pensamento social brasileiro e do contexto social e político em que vivemos.Este livro é fruto dos debates realizados durante o evento, cujos autores, gentilmente, se dispuseram a encarar o desafio de compartilhar suas reflexões com público mais amplo. Os textos foram divididos em 4 volumes que compõem a Coleção
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