Fundamentos e objetivos: Apesar dos reconhecidos benefícios da prática de atividade física em pacientes com doença cardiovascular, acredita-se que pacientes com insuficiência cardíaca e fração de ejeção reduzida com comportamento não sedentário, mesmo que não pratiquem exercício físico regular, apresentem melhora da função cardiovascular e qualidade de vida em comparação a pacientes sedentários. Objetivo: comparar a capacidade funcional, função ventricular e qualidade de vida de pacientes com insuficiência cardíaca sedentários e não sedentários. Métodos: Foram avaliados pacientes com Insuficiência Cardíaca e Fração de ejeção <50%, sendo compostos dois grupos, sedentários (n=45) e não sedentários (n=36), de acordo com o Questionário Internacional de Atividade Física. Os grupos foram submetidos à avaliação clínica e de qualidade de vida, teste de caminhada de Cooper, ecocardiograma e comparação pelo teste Qui-Quadrado para variáveis categóricas ou teste T de Student ou Mann-Whitney para variáveis contínuas. Nível de significância de 5%. Resultados: Os grupos foram homogêneos em relação às características basais e etiologia. Os pacientes do Grupo Não Sedentário apresentaram menos sintomas limitantes (p<0,01), menor necessidade de digitálicos (p=0,02), melhor fração de encurtamento ventricular (p=0,03) e menor aumento do volume indexado do átrio esquerdo (p=0,004). Não foram encontradas diferenças no teste de caminhada entre os grupos. Houve maior prejuízo do quesito capacidade funcional da qualidade de vida do grupo Sedentário. Conclusão: Considerando a limitação da amostra, pacientes com insuficiência cardíaca e comportamento não sedentário apresentam maior tolerabilidade ao exercício por apresentarem sintomas menos limitantes, melhor função ventricular e melhor qualidade de vida no quesito capacidade funcional quando comparados a pacientes sedentários.
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