Resumo Este estudo analisou a autopercepção de estudantes de uma faculdade de medicina em relação a sua aptidão para comunicar más notícias e identificar fatores associados. Mediante questionário autoaplicável, 44,1% do total de 214 participantes se consideraram aptos para a abordagem. Foram associados à maior autopercepção de aptidão para a comunicação de más notícias: mais tempo de curso ( p <0,001); achar que a graduação ofereceu os recursos necessários à aquisição da habilidade de comunicar más notícias ( p <0,001); conhecer algum protocolo validado ( p =0,015); e ter tido necessidade de comunicar má notícia na graduação ( p <0,001). Concluiu-se que a maioria dos estudantes não se sentia apta a comunicar más notícias. Conhecer um protocolo e ter tido necessidade de comunicar más notícias na graduação foram importantes para a aptidão. Sugere-se que o tema seja abordado de forma diferente, com mais atividades práticas.
A proposta deste trabalho foi interpretar as imagens de propagandas de festas veiculadas em um campus universitário em relação ao consumo de álcool por estudantes. Os elementos plásticos, icônicos e linguísticos das propagandas foram submetidos a uma análise semiótica de imagens. Organizaram-se os 85 temas levantados em seis categorias: bebidas alcoólicas, sexualidade, gênero, produção das festas, estilos musicais e estilo de vida-grupos-comportamento. Foram veiculados diversas motivações festivas, atrações, questões de gênero, valores, tradições e finalidades econômicas. Menções a bebidas alcoólicas foram praticamente ubíquas. Os elementos persuasivos ao consumo de álcool foram variados, envolvendo a associação álcool-sexualidade e a apresentação de novos comportamentos e estilos de vida relacionados à bebida. A indústria de produção e comércio de bebidas parece inserir-se mercadologicamente no território do campus, de modo informal e quase sempre sem seguir a legislação de marketing desses produtos.
Resumen Este estudio analizó la autopercepción de los estudiantes de una facultad de medicina en relación con su aptitud para comunicar malas noticias e identificar factores asociados. A través de un cuestionario autoaplicable, el 44,1 % del total de 214 participantes se consideraron aptos para el enfoque. Se asociaron con una mayor autopercepción de aptitud para la comunicación de malas noticias: más tiempo de curso ( p <0,001); pensar que el pregrado ofreció los recursos necesarios para adquirir la habilidad de comunicar malas noticias ( p <0,001); conocer algún protocolo validado ( p =0,015); y haber tenido necesidad de comunicar malas noticias en el pregrado ( p <0,001). Se concluyó que la mayoría de los estudiantes no se sentían aptos para comunicar malas noticias. Conocer un protocolo y haber tenido la necesidad de comunicar malas noticias en el pregrado fue importante para la aptitud. Se sugiere que el tema sea abordado de forma diferente, con más actividades prácticas.
This study analyzed medical students’ self-perception regarding their aptitude to communicate bad news and identify associated factors. Using a self-administered questionnaire, 44.1% of 214 participants considered themselves suitable for the approach. The following were associated with greater self-perception of aptitude for breaking bad news: more time in the course ( p <0.001); believing that the undergraduate course offered the necessary resources to acquire the skill to communicate bad news ( p <0.001); knowing a validated protocol ( p =0.015); having needed to communicate bad news during the undergraduate course ( p <0.001). In conclusion, most students felt unable to communicate bad news. Knowing a protocol and having the need to communicate bad news during the undergraduate course were essential for aptitude. As a suggestion, the topic should be approached differently, with more practical activities.
Fundamentos e objetivos: Apesar dos reconhecidos benefícios da prática de atividade física em pacientes com doença cardiovascular, acredita-se que pacientes com insuficiência cardíaca e fração de ejeção reduzida com comportamento não sedentário, mesmo que não pratiquem exercício físico regular, apresentem melhora da função cardiovascular e qualidade de vida em comparação a pacientes sedentários. Objetivo: comparar a capacidade funcional, função ventricular e qualidade de vida de pacientes com insuficiência cardíaca sedentários e não sedentários. Métodos: Foram avaliados pacientes com Insuficiência Cardíaca e Fração de ejeção <50%, sendo compostos dois grupos, sedentários (n=45) e não sedentários (n=36), de acordo com o Questionário Internacional de Atividade Física. Os grupos foram submetidos à avaliação clínica e de qualidade de vida, teste de caminhada de Cooper, ecocardiograma e comparação pelo teste Qui-Quadrado para variáveis categóricas ou teste T de Student ou Mann-Whitney para variáveis contínuas. Nível de significância de 5%. Resultados: Os grupos foram homogêneos em relação às características basais e etiologia. Os pacientes do Grupo Não Sedentário apresentaram menos sintomas limitantes (p<0,01), menor necessidade de digitálicos (p=0,02), melhor fração de encurtamento ventricular (p=0,03) e menor aumento do volume indexado do átrio esquerdo (p=0,004). Não foram encontradas diferenças no teste de caminhada entre os grupos. Houve maior prejuízo do quesito capacidade funcional da qualidade de vida do grupo Sedentário. Conclusão: Considerando a limitação da amostra, pacientes com insuficiência cardíaca e comportamento não sedentário apresentam maior tolerabilidade ao exercício por apresentarem sintomas menos limitantes, melhor função ventricular e melhor qualidade de vida no quesito capacidade funcional quando comparados a pacientes sedentários.
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