A ginja (Eugenia uniflora L.) apresenta compostos fenólicos com ação antioxidante, ação hipoglicemiante e antirreumática, utilizada em distúrbios estomacais e como anti-hipertensivos. O leite de búfala exibe excelente qualidade nutricional destacando-se como principais características o elevado teor de proteínas com 25,55%, tendo mais aminoácidos essenciais que o leite de vaca. O objetivo deste estudo foi elaborar um iogurte grego de leite de búfala com calda de ginja e avaliar a influência da adição de diferentes percentuais de calda (10, 20 e 30% p/p) sobre o teor de ácido ascórbico e antocianinas no produto elaborado. Os frutos foram coletados no município de Salvaterra e levados para o laboratório onde foram sanitizados e despolpados para utilização no iogurte. Os iogurtes foram elaborados com leite bubalino, açúcar e leite em pó integral. Os frutos de ginja, o leite de búfala e o iogurte elaborado foram avaliados quanto as suas características físico-químicas, microbiológicas e sensoriais. Os frutos apresentaram uma ótima relação sólidos totais tituláveis (SST)/acidez total titulável (ATT) e apresentaram teores de ácido ascórbico e antocianinas elevados (124,08 mg/100g e 179,27 m Eqg Cianidina-3-glicosideo/100g respectivamente). O leite de búfala utilizado apresentou características físico-químicas de acordo com os padrões microbiológicos exigidos por lei. O aumento do percentual de calda de ginja no iogurte grego de búfala elevou significativamente os teores de ácido ascórbico e antocianinas no produto, demonstrando a possibilidade da produção de novos produtos com características nutricionais agregadas para inserção em novos mercados. O produto também apresentou da boa aceitação sensorial, sendo que as formulações com 10%, 20% e 30% de calda apresentaram percentuais de 87%, 89% e 89% de aceitação pelos provadores respectivamente.
A ginja (Eugenia uniflora L. – Myrtacea) é uma espécie vegetal endêmica da região Norte Fluminense e apresenta substâncias fenólicas com ação antioxidante, ação hipoglicemiante e antireumáticas, também são utilizadas em distúrbios estomacais e como anti-hipertensiva. O Brasil é o local onde a planta melhor se desenvolve, podendo atingir até oito metros de altura. O objetivo deste trabalho foi avaliar a melhor forma de armazenamento de polpa de ginja visando encontrar melhores condições para manutenção do teor de ácido ascórbico e antocianinas. Os frutos foram coletados no município de Salvaterra, Arquipélago do Marajó, Pará nas primeiras horas da manhã, sendo coletados manualmente das arvores. Em seguida, foram sanitizados a 10 ppm e avaliados seus parâmetros físico-químicos e estudados quanto ao seu armazenamento. Para o armazenamento os frutos e polpa de ginja foram estudados por 60 dias em intervalos de 0,10, 20, 30 e 60 dias sob temperatura de refrigeração (± 8 ºC) e sob congelamento (± -18 ºC). Os frutos e as polpas armazenadas para cada tempo foram submetidos as análises de pH, acidez titulável, umidade, cinzas, sólidos solúveis, ácido ascórbico e antocianinas totais. Em relação aos parâmetros físico-químicos estudados observou-se que sob refrigeração se teve uma maior variação dos resultados quando comparado ao congelamento tanto para o fruto quanto para a polpa de ginja. Concluiu-se que a melhor forma de armazenamento do fruto e da polpa de ginja foi sob congelamento, onde foi possível verificar que não houve perdas expressivas de ácido ascórbico e antocianinas.
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