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A doença de disco intervertebral (DDIV) Hasen tipo I, ocorre pela extrusão do material do núcleo pulposo para o canal vertebral. A matriz do núcleo se degenera, desidrata e mineraliza, associando a degeneração condróide do disco intervertebral. Embora não se saiba a etiologia dessa alteração, acredita-se que a genética tenha grande importância. A DDIV pode desenvolver-se em qualquer segmento medular, porém a região toracolombar é mais acometida. A coluna vertebral torácica apresenta menor risco de herniação de disco, devido a estabilização por meio de ligamentos intercapitais dorsais. Acomete animais de meia idade a idosos e não tem predileção sexual. A doença é mais observada em raças condrodistróficas, mas também ocorre em raças de grande porte. O objetivo foi relatar o atendimento de um cão diagnosticado por tomografia com doença do disco intervertebral Hasen tipo I toracolombar em um canino. O animal chegou para atendimento neurológico encaminhado, apresentando histórico de claudicação do membro posterior esquerdo há 4 semanas. Paciente apresentando retenção urinária. Observou-se durante a avaliação clínica paraparesia ambulatorial e déficit proprioceptivo nos testes de postura e saltitamento de membro posterior esquerdo. Dor superficial e profunda preservadas. Reflexos segmentares espinhais em membros pélvicos apresentando hiperreflexia patelar esquerda. Tônus muscular sem alterações no momento do exame. Encaminhado para tomografia computadorizada no qual constatou compressão por meio de extrusão em T12-T13 ventrolateral esquerda, submetido a cirurgia com melhora do quadro. Este trabalho demonstra a importância do diagnóstico precoce, por meio de um neurológico correto, exames de imagem e assim uma conduta terapêutica cirúrgica eficaz, com resultado da melhora do quadro clínico do paciente.
O sistema reprodutivo das fêmeas é considerado altamente importante para a sobrevivência da espécie. O objetivo deste trabalho é relatar o atendimento de uma cadela adulta castrada, com diagnóstico de estrutura óssea no canal vaginal, ocasionando vaginite e cistite recorrentes. A paciente chegou para atendimento com histórico de polaquiúria, secreção vulvar purulenta e lambedura excessiva da vulva há dois meses. No exame físico constatou-se mucosas normocoradas, frequência respiratória normal, sopro grau 3 à auscultação cardíaca e durante o toque vaginal apresentava bastante sensibilidade dolorosa. O diagnóstico foi realizado através de radiografia ventro dorsal de pelve, que revelou presença de três estruturas radiopacas no canal vaginal além do exame ultrassonográfico que evidenciou cistite. O tratamento se baseou na remoção manual das estruturas presentes, sob anestesia geral, com auxílio de um espéculo vaginal e pinça hemostática. Após o procedimento de remoção das estruturas ósseas, administrou-se na paciente por via intravenosa meloxicam (0,1 mg/kg); dipirona sódica (25 mg/kg) e enrofloxacina (10 mg/kg) por via subcutânea (SC). O material foi encaminhado para exame histopatológico em formol a 10%. No exame histopatológico notou-se a presença de matriz óssea mineralizada, associada a estrutura tecidual com morfologia de pele e restos de folículos pilosos e neles queratina. A paciente recebeu alta após a recuperação anestésica com prescrição de enrofloxacina 10 mg/kg SID, durante sete dias; meloxicam 0,1 mg/kg, SID, durante três dias e cloridrato de tramadol 4 mg/kg BID, durante cinco dias. Este trabalho demostra a importância do diagnóstico baseado nas informações alcançadas na anamnese, e no exame físico completo, considerando o exame ginecológico neste contexto, realizado pelo toque vaginal, além de outros mecanismos que são necessários para estabilização do paciente e correção da enfermidade, com propósito de obter melhora do quadro clínico e sucesso na terapêutica.
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