O uso indiscriminado e excessivo de antimicrobianos contribui diretamente para o desenvolvimento da resistência bacteriana, elevando as despesas com tratamentos, os índices de morbimortalidade, o tempo de internação e a ocorrência de reações adversas diversas. O objetivo do estudo foi avaliar e quantificar o consumo de antimicrobianos utilizados na UTI de um Hospital Público Federal. Estudo descritivo, transversal e retrospectivo realizado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um Hospital Universitário Federal da região Norte, durante o período de janeiro a dezembro de 2020. O consumo dos antimicrobianos foi expresso em Dose Diária Definida (DDD) por 1000 pacientes/dia. Utilizou-se a classificação ATC/ DDD da Organização Mundial de Saúde (OMS). Ao total 190 pacientes estiveram internados na Unidade de Terapia Intensiva, dentre os quais 51% do sexo masculino, com média de idade de 53,4 ± 17,76 anos, sendo a faixa etária mais prevalente entre 60 e 74 anos (30,5%). Dentre as hipóteses diagnósticas de internação, 26% foi de infecção por coronavírus. Dos pacientes internados, 35,71% utilizaram algum tipo de tratamento com antimicrobiano, sendo o meropenem o mais consumido (DDD 225,24). O estudo da utilização de antimicrobianos é uma importante ferramenta tanto para nortear as ações do SCIH (Serviço de Controle de Infecção Hospitalar) que minimizem a resistência microbiana e o uso indiscriminado e irracional destes medicamentos quanto pelo aspecto econômico. Além disso, a implantação de um programa de stewardship de antimicrobianos otimiza o uso seguro dessa importante classe de fármacos.
Os antimicrobianos carbapenêmicos constituem um importante arsenal terapêutico contra infecções graves, pois apresentam atividades bactericidas de amplo espectro e melhor estabilidade contra β-lactamases. Este grupo de antimicrobianos atua contra bactérias gram-positivas e gram-negativas, aeróbias e anaeróbias e principalmente em infecções hospitalares. Entretanto, a presença de carbapanemases constitui um dos principais mecanismos de resistência. O objetivo desse trabalho é identificar o perfil dos pacientes que utilizaram os antimicrobianos carbapenêmicos e quantificar o consumo dessa classe tendo como base a metodologia da Anatomical Therapeutic Chemical/Dose Diária Definida (ATC/DDD) em um hospital de alta complexidade no ano de 2020. Trata-se de um estudo observacional e retrospectivo, em um hospital pertencente ao Sistema Único de Saúde (SUS). A coleta de dados foi realizada com base nos prontuários, prescrições médicas e nos formulários de controle de antimicrobianos. Ao total 120 pacientes foram incluídos no estudo, a média de idade foi de 52 ± 17,58 anos e o tempo médio de permanência na unidade hospitalar foi de 33 ± 29,68 dias. Foram analisadas as solicitações de carbapenêmicos, destes 74% eram meropenem, 21% imipenem + cilastatina e 5% ertapenem. O carbapenêmico mais consumido no período do estudo foi o meropenem (DDD 252,87). Nossos achados possibilitaram traçar o perfil de utilização dos medicamentos pertencentes à classe dos carbapenêmicos no hospital de alta complexidade, demonstrando a importância dos mesmos, principalmente no tratamento de pacientes críticos.
Objetivo- Identificar e classificar as interações medicamentosas potenciais em pacientes internados em um serviço de Traumatologia e Ortopedia de um hospital de alta complexidade. Metodologia- Trata-se de um estudo transversal e retrospectivo no período de julho a dezembro de 2019. Foram coletadas informações através de prontuários e prescrições médicas. A análise das interações medicamentosas potenciais foi realizada com o auxílio da base de dados Micromedex®. Resultados- Ao total foram incluídos 382 pacientes no estudo, destes 60% apresentaram pelo menos uma ou mais interações medicamentosas potenciais, totalizando 542 IMs potenciais, com média de 1 ± 1,90 interações por prescrição. Em relação à gravidade das interações medicamentosas potenciais, 83,76% foram classificadas como maior, 15,31% moderada, 0,37% menor e 0,55% como contraindicadas. Ocorreu correlação entre a idade, o tempo de permanência e o número de medicamentos, com os potenciais de interações. Conclusão - A presença do farmacêutico clínico é importante em serviços de Traumato-ortopedia, para prevenir, detectar e manejar essas possíveis interações e consequentemente otimizar a farmacoterapia.
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