Resumo O objetivo deste artigo é analisar os relatórios finais das Conferências Nacionais de Saúde Mental (CNSMs), o contexto político-social em que elas ocorreram e seus principais desdobramentos em diretrizes e propostas de leis para as políticas de saúde mental no Brasil. À luz do arcabouço teórico sobre participação e governança, o artigo também explorou o papel das conferências nacionais na redefinição das relações entre sociedade civil e Estado quanto ao processo de inovação institucional e à promoção de novos valores.
Uma linha emergente de investigação aponta que, em muitas democracias, os parlamentares sub-representam certos segmentos. Diante da ainda tímida produção sobre o tema no Brasil, analisamos se o grau de congruência entre preferências de deputados federais e representados varia entre estratos do eleitorado e, se sim, quais são os grupos mais bem representados. Nossa expectativa era que a congruência fosse menor para segmentos socialmente desfavorecidos, os quais dispõem de menos recursos para a participação política e mobilização de representantes. Utilizamos a distância de preferências em pares eleitor-representante (díades), reputada a medida mais adequada para apurar representação coletiva. A análise considera 11 issues no período 2004-2014. Os resultados confirmam a expectativa; notavelmente, a vantagem representativa dos mais escolarizados se revelou superior à dos mais afluentes.
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