A manga é uma fruta amplamente cultivada no mundo, cujo processamento industrial gera resíduos, onde estes são ricos em compostos fenólicos. Com isso, o presente trabalho objetivou estudar o aproveitamento da amêndoa do caroço da manga para a obtenção de extratos com atividade antioxidante aplicando técnicas de extração como o sistema Soxhlet, maceração e assistida por ultrassom, utilizando diferentes solventes. Para obtenção da farinha, as amêndoas passaram pelo processo de secagem por circulação ar forçado a 60 ºC. Os extratos obtidos foram avaliados pelo rendimento do processo de extração, teor de fenólicos totais (TFT) utilizando o método de Folin-Ciocalteu e atividade antioxidante (AA) pelos métodos de radicais livres ABTS e DPPH. Tratando-se de rendimento de extrato, o método de extração por Soxhlet com etanol apresentou o melhor desempenho quando comparado aos demais (18,78%), devido ao etanol ser mais polar que o hexano e acetato de etila. Quanto ao TFT, o método de maceração utilizando etanol apresentou 451,32 mg EAG/g como melhor resultado, visto que é um método que não utiliza aquecimento. Para atividade antioxidante por ABTS e DPPH, os valores obtidos foram 2727,23 mM TEAC/g e 3198,58 mM TEAC/g, respectivamente, para extratos obtidos através da técnica de maceração com o etanol, tendo a melhor execução na captura dos radicais livres. Dessa forma, o resíduo agroindustrial da manga é um coproduto interessante para ser reaproveitado, visando reduzir o descarte inadequado, e substituir os antioxidantes sintéticos na indústria, como também em elaboração de alimentos funcionais.
O abacaxi é uma fruta bastante cultivada mundialmente, no entanto o seu processamento agroindustrial gera resíduos os quais não apresentam destino adequado. O presente trabalho teve como objetivo estudar o aproveitamento do resíduo agroindustrial do abacaxi submetido ao processo de secagem e posterior adição em barra de cereais. Para obtenção do pó, o resíduo foi submetido ao processo de secagem convectiva a 60 ºC, realizando-se a cinética de secagem e ajuste dos modelos matemáticos aos dados experimentais. Verifica-se que todos os modelos se ajustarem bem aos dados experimentais, sendo o modelo de Page considerado o melhor para representar o processo de secagem. Após a adição do pó nas formulações das barras de cereais verifica-se que a formulação B3 com 4,5% de pó do resíduo agroindustrial de abacaxi apresentou resultados satisfatórios. Quanto a textura, para o parâmetro de firmeza não foi observado diferença significativamente ao nível de 5% nas formulações padrão e com adição do pó do resíduo agroindustrial de abacaxi e a avaliação da cor indica tendência para o vermelho e amarelo. Quanto a quantificação dos compostos o pó apresentou maiores concentrações, sendo a catequina o principal composto. Sendo assim é possível verificar a eficiência da adição do pó do resíduo de abacaxi no enriquecimento das barras de cereais em relação a sua composição de compostos bioativos e atividade antioxidante, promovendo a obtenção de uma barra de cereal com propriedades funcionais.
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