O artigo toma como objeto de estudo as modalidades disponibilizadas de atendimento à população por serviços-escola de Psicologia. Parte do pressuposto de que a formação e a atuação em Psicologia têm sido perpassadas por significativas mudanças no contexto sócio-histórico-político do Brasil. Das clássicas áreas educação, saúde e trabalho, a Psicologia passa a responder demandas de distintos campos da vida da população. Trata-se de estudo descritivo, quantitativoqualitativo, constituído de levantamento bibliográfico da produção científica (2011 a 2015) sobre o tema. Vinte e quatro artigos foram identificados na pesquisa e sistematizados em três blocos de conteúdo: atividades educacionais, de autoavaliação e clínicas. As publicações versam prioritariamente sobre atividades educacionais e clínicas, sendo estas as que reúnem maior quantidade de artigos. Devido à tarefa dirigida à Psicologia de responder a demandas com as quais historicamente não se envolveu, pelo menos de forma hegemônica, é indispensável problematizar o Serviço-escola em sua função pedagógica, ético-política e social. Palavras-chaves: Clínicas-escola. Formação do psicólogo. Processos psicoterapêuticos.
Resumo O artigo apresenta revisão bibliográfica sobre estratégias formativas em serviços-escola de Psicologia. Reúne artigos completos disponíveis na Biblioteca Virtual de Saúde em Psicologia (BVS-psi), publicados entre 2011 e 2015. A pesquisa a partir dos termos, em separado: formação de psicólogos; formação profissional e clínica-escola, identificou 13 artigos, que foram organizados em três blocos temáticos: ensino/transmissão da psicanálise; relatos de procedimentos pedagógicos; referências a supervisor e/ou supervisão. Ainda é expressiva, nas publicações, a presença da área da Psicologia Clínica, com destaque para a prática da psicoterapia. A psicanálise tem sido revisitada, em especial, quanto à possibilidade de sua transmissão na Universidade. Relatos de procedimentos pedagógicos e produções sobre a relação supervisão-estagiário/a têm a importante função de ampliar o debate sobre projeto político-pedagógico e sua execução na rotina das instituições de ensino e de serviços-escola. Entendemos que a psicanálise tem encontrado mediações para a questão que lhe é peculiar de questionar-se sobre a possibilidade de sua transmissão em instituição com regras próprias, como a Universidade. Os relatos de procedimentos explicitam estratégias micropolíticas na relação docente-estudante, supervisor/a-estagiário/a. As questões sobre supervisor/a e/ou supervisão indicam a complexidade de aspectos envolvidos na relação e as especificidades de vivência de cada um dos envolvidos. Consideramos que o tema em questão carece de estudos que explicitem estratégias macropolíticas de formação, bem como pesquisas que abordem o que se passa com o/a estagiário/a em seu processo formativo. Otimistas, acreditamos que a riqueza de experiências em torno das estratégias formativas, não necessariamente ganharam as páginas de periódicos.
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