O artigo apresenta as principais tendências da expansão da educação superior no Brasil, entre 1995 e 2010, com base em quatro eixos. Primeiramente, expõe o progressivo quadro de privatização, tanto no que se refere ao crescimento das instituições privado-mercantis como à mercantilização das instituições públicas. Apresenta, em seguida, a expansão promovida pelo governo federal, analisando particularmente o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI). Discute, como terceira tendência, o quadro de expansão do ensino a distância e, por fim, debate o crescimento da pós-graduação com a redefinição de seus rumos no sentido do empresariamento do conhecimento. Conclui que, em todos esses campos, foram induzidas alterações substantivas, sob a regência de um ideário que apela à economia de mercado, racionaliza os gastos públicos com base em um sistema de parceria entre Estado e mercado e suprime diversos direitos e conquistas sociais transmutados em serviços, regidos por um intenso processo de mercantilização.
Ações e iniciativas portuguesas de internacionalização da educação se desenvolvem não somente com a União Europeia, mas também com países da África e América Latina. Os institutos politécnicos portugueses são importantes parceiros das instituições públicas brasileiras de educação profissional e tecnológica, celebrando acordos interinstitucionais voltados para o ensino, a pesquisa e a extensão. O objetivo desse artigo é compreender as estratégias e os alcances das parcerias entre o Instituto Político de Coimbra e o Instituto Politécnico do Porto face às três instituições públicas de educação profissional e tecnológica brasileiras: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais - IFSULDEMINAS e de São Paulo - IFSP e o Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza – CEETESP, buscando conhecer as concepções e práticas de educação profissional e tecnológica no âmbito da internacionalização da educação. Por meio de uma abordagem qualitativa a partir do levantamento de documentos oficiais, da produção acadêmica e de entrevistas com gestores foi possível concluir que tais parcerias decorrem de questões geopolíticas, demográficas e da reformulação no sistema educacional português em conformidade com as diretrizes da União Europeia. Enfatiza-se a relevância da experiência portuguesa de formação profissional e tecnológica que faz com que as instituições congêneres brasileiras tenham mais facilidade e mesmo interesse em desenvolver parcerias que precisam ser ampliadas como oportunidades efetivas de construção de projetos formativos de internacionalização da educação.
O artigo trata da política de institucionalização de polos de apoio presencial do sistema Universidade Aberta do Brasil. Apresenta-se os significados administrativos, pedagógicos e organizacionais atribuídos à institucionalização dos polos com a finalidade de expansão e interiorização do ensino superior e uma discussão sobre o conceito de “institucionalização”, considerando as políticas públicas de Educação a Distância e o Sistema Universidade Aberta do Brasil. O percurso metodológico se fundamenta na pesquisa qualitativa, com discussão da literatura, complementada por entrevistas com coordenadores de polos. Conclui-se que há uma noção restritiva do conceito de Institucionalização, atrelada a aspectos pedagógicos, administrativos e organizacionais da modalidade de ensino a distância, que desconsidera ou menospreza, as próprias políticas públicas e educacionais. O consórcio que institui os polos, oriundos de uma concepção que flexibiliza uma organização, patrocina sua própria (des) institucionalização.
O objetivo do artigo é apresentar o Programa Institutos e Universidades Empreendedoras e Inovadoras (Future-se) e a sua concepção de internacionalização da educação. O plano de trabalho incluiu analisar os eixos do projeto de lei, considerando os artigos da área do ensino superior e das entidades educacionais. Conclui-se que o Future-se tem uma visão míope e estreita de internacionalização da educação, como estratégia para promover uma privatização indireta das instituições de ensino superior, legitimando-se pelo discurso da integração ao mercado internacional.
RESUMO: O artigo trata da percepção dos diretores e professores sobre as Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) no processo educacional, tendo como referência o conjunto de ações e programas governamentais criados na rede estadual paulista de ensino. O estudo se pauta na metodologia qualitativa e realização de entrevistas em três escolas da rede estadual paulista, numa cidade interiorana. Apresenta-se o arcabouço legal relacionado ao uso das tecnologias na educação, mostram-se os programas de tecnologia e, finalmente, as concepções dos diretores e professores das escolas estaduais. Conclui-se que, embora aparentemente a política seja de incentivo ao uso das TICs, há limites em relação à formação e condições objetivas para seu uso na educação. Palavras-chave: Política Educacional. Tecnologia Educacional. Tecnologias de Informação e Comunicação. INFORMATION AND COMMUNICATION TECHNOLOGY: PERCEPTION OF THE PRINCIPALS AND TEACHERS ABSTRACT:The article analyzes the perception of the principals and teachers about Information and Communication Technologies (ICTs) in the educational process, having as reference the set of actions and governmental programs created in the state of São Paulo. The study is based on the qualitative methodology and interviews in three schools of the state of São Paulo, in an interior city. It presents the legal framework relating to the use of technologies in education, a discussion about the technology programs and finally, the conceptions of the principals and teachers of the state schools. It is concluded that although the policy appears to be an incentive to use ICTs, there are limits regarding the qualification and objective conditions for the use of ICT in the education.
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