Este estudo foi desenvolvido com o objetivo de identificar os agentes etiológicos da ITU, na faixa etária pediátrica, em Hospital Infantil da Serra Catarinense, além de distinguir a incidência da ITU entre os sexos, bem como analisar o perfil de sensibilidade e resistência dos antimicrobianos. Metodologicamente caracteriza-se por estudo transversal e retrospectivo, mediante consulta no banco de dados do Hospital utilizando código de procedimento: “tratamento de outras doenças do aparelho urinário” de pacientes internados no ano de 2018. Foram avaliados: etiologia microbiana; sensibilidade e resistência aos antibióticos. Como resultado, foram selecionados 52 pacientes que tiveram vinte e quatro uroculturas positivas, sendo vinte do sexo feminino e quatro do sexo masculino. O uropatógeno mais frequente foi Escherichia coli (70,8%) e seu perfil de resistência demonstrou-se elevado para cinco antimicrobianos. Concluindo, observou-se compatibilidade dos dados da pesquisa e da literatura em relação ao sexo mais acometido, e divergências quanto à agente etiológico e faixa etária. Há maior prevalência de Proteus em sexo feminino; e maior número de casos na faixa etária de lactentes. A pesquisa aponta maior resistência quanto ao uso oral de amoxicilina com clavulanato, sulfametoxazol+trimetropim (SMT-TMP) e nitrofurantoína. É de fundamental importância conhecer a flora recorrente para direcionar ao possível tratamento mais eficiente.
Introduction: In 2020, aiming to contain the progression of the Coronavirus pandemic, social distancing was determined by reducing interactions between people. The educational institutions were closed and distance teaching-learning was applied using digital technologies for study continuity. The closing of a community university in Santa Catarina, in the medical course, implied in a disruptive situation regarding the teaching format, since they use active methodologies and these had not been applied digitally up to that moment. From these circumstances, one asks how the faculty perceives and experiences this new reality. Objective: This study aimed to understand the experiences of educators teaching from the first to the fourth year of medical school using active methodologies during the remote education activities at the emergence of the Coronavirus pandemic aiming at understanding the impacts on learning. Method: This is a field research with an exploratory objective and a quantitative-qualitative approach. This study has been analyzed by the Research Ethics Committee. The participants were contacted by electronics means and were invited to answer a two-step questionnaire using the Google Forms platform, containing objective and descriptive questions regarding their experience with remote teaching. Data analysis was performed by statistics, by thematic content analysis and by correlation analysis, and the findings were compared using the theoretical reference. Result: Twenty-nine teachers answered the survey. Most of them felt, at least, partially prepared to work in the remote education and guidance and requests for help were not related to the preparation. Facilities and weaknesses related to the technology were observed. Computers, cell phones and Google Meet were the recourses most often used. Adaptations for the materials used in face-to-face classes were necessary, but in some cases, they were not satisfactory. The pedagogical activities were accomplished within the proposed ones, but two-thirds of the teachers believed there were losses related to study quality and half of them adjusted their behavior to virtual class mediation. Conclusion: The transition to the digital teaching format constituted a challenge for the teachers. The learning process was compromised; however, benefits and potentials were observed. A change is occurring in society and digital teaching is being solidified and training is essential to support this process in active methodologies.
Resumo: Introdução: Em 2020, a fim de conter a progressão da pandemia do coronavírus, determinou-se o distanciamento social por redução da interação entre as pessoas. As instituições de ensino foram fechadas, e adotou-se o ensino-aprendizagem a distância aplicado por tecnologias digitais para a continuidade do estudo. O fechamento de uma universidade comunitária em Santa Catarina, no curso de Medicina, implicou uma situação disruptiva quanto ao formato de ensino, visto que se utilizam metodologias ativas que não haviam sido aplicadas digitalmente até o momento. Dessa circunstância, pergunta-se como o corpo docente percebe e vivencia essa nova realidade. Objetivo: Pretendeu-se conhecer a experiência de professores do primeiro ao quarto ano de graduação médica com metodologias ativas durante as atividades do ensino remoto no advento da pandemia do coronavírus para entender as repercussões na aprendizagem. Método: Trata-se de uma pesquisa de campo, com objetivo exploratório e abordagem quanti-qualitativa. O trabalho passou por apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa. Os participantes foram contatados eletronicamente para responder, na plataforma Google Forms, a um questionário dividido em duas etapas com perguntas objetivas e descritivas relativas à vivência deles no ensino remoto. A exploração de dados ocorreu por estatísticas, análise temática de conteúdo e análise de correlação, confrontando-se os resultados com o referencial teórico. Resultado: Responderam à pesquisa 29 professores. A maioria deles se sentiu ao menos parcialmente preparada para atuar no ensino remoto, e orientações e busca por auxílio não se correlacionaram com o preparo. Facilidades e fragilidades relacionadas à tecnologia foram observadas. Computador, celular e Google Meet foram os recursos mais utilizados. Materiais do presencial necessitaram de adaptações, não sendo satisfatórias em alguns casos. As atividades pedagógicas foram cumpridas dentro do proposto, entretanto, para dois terços dos docentes, houve prejuízo na qualidade do ensino, e metade deles mudou de conduta para mediação de aulas virtuais. Conclusão: A passagem para o ensino digital foi um desafio para professores. A aprendizagem foi comprometida, porém observaram-se benefícios e potencialidades. Como há um processo de mudança na sociedade com o propósito de consolidar a educação digital, são essenciais as devidas capacitações para apoiar esse processo em metodologias ativas.
No Brasil, há um elevada da prevalência de excesso de peso e obesidade infanto-juvenil. Em vista deste crescimento, o objetivo foi identificar o perfil nutricional dos adolescentes da Serra Catarinense. A metodologia foi um estudo, transversal, retrospectivo, quantitativo e descritivo a partir da avaliação dos prontuários dos pacientes atendidos no ambulatório de Hebiatria do Hospital Infantil de referência da Serra Catarinense do período de março de 2014 a fevereiro de 2018. Os indicadores utilizados foram: o índice de massa corporal (IMC), sexo, idade e via de parto utilizada ao nascimento. As análises foram realizadas através do Software estatístico Statistical Package for the Social Sciences SPSS®. Do total de prontuários analisados: 60,4% pacientes eram do sexo feminino, destes 41% apresentavam sobrepeso e 59% obesidade. Já no sexo masculino foi de 20% e 80% respectivamente. A faixa etária com maior número de indivíduos com problemas de peso é a dos 15 anos. Não foi encontrado relação significativa entre via de parto e problemas de peso, também não houve aumento do IMC com o aumento da idade. É essencial realizar novos estudos para identificar as causas e prevenir esta comorbidade.
Objetivo: identificar a demanda de atendimentos no serviço de pronto atendimento (PA). Metodologia: pesquisa transversal, retrospectiva e quantitativa, realizada a partir do registro do CID (Classificação Estatística Internacional de Doenças) registrados no sistema G-HOSP dos pacientes atendidos no PA de um Hospital Pediátrico no ano de 2018. Foram analisados os dados mensais, sexo, idade (incluídos pacientes de 0 a 15 anos, 11 meses e 29 dias), local de residência e selecionados os 5 principais CIDs. Resultados: o maior número de atendimentos por dia ocorreu no mês de abril e o menor em janeiro; 50,42% dos pacientes eram do sexo masculino; maior número de atendimentos foi a pacientes lactentes; grande parte dos atendimentos não são declarados, dentre os declarados a maioria dos atendimentos são descritos como exame médico geral, nasofaringite aguda, exame de rotina da criança, infecção das vias aéreas superiores não especificada e amigdalite aguda não especificada. Considerações finais: o principal motivo de atendimento médico foi o exame médico geral na maior parte do ano. Observou-se que quanto menor a idade da criança, maior a necessidade de atendimento. Faz-se necessário a avaliação da estratificação de risco dos pacientes antes do atendimento médico.
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