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O refúgio surge após a Segunda Guerra Mundial com a alta mortalidade observada na Europa pelos regimes totalitários. Em 1950, foi criado o ACNUR, para solucionar a questão dos refugiados. A definição do vocábulo está na Convenção de 1951, no entanto, não abrange os refugiados ambientais, deixando essa delimitação a cargo da doutrina e das pesquisas acadêmicas. Já a migração pelo mar é feita, frequentemente, de modo irregular, trazendo muitos perigos para os migrantes. Tal artigo visa analisar a questão dos refugiados ambientais e a migração pelo mar como desafios do Direito Internacional contemporâneo através de artigos, legislações e notícias internacionais que abordem o tema.

As constituições e os tratados internacionais têm consagrado o acesso à água potável e ao saneamento básico como direitos fundamentais imprescindíveis à dignidade humana. Objetiva-se chamar atenção para a escassez de água potável e de esgotamento sanitário no Brasil, que, aliados à reformulação normativa do saneamento básico, em 2020, sobremaneira no que atine à ampliação da atuação da iniciativa privada no setor, pode culminar em um agravamento da situação. Para que os riscos sejam visualizados empiricamente, optou-se por analisar o modelo francês, que garante o acesso universal a esses direitos, além de possuir uma longa história de privatização e remunicipalização da água. Com isso em vista, questiona-se se Lei nº 14.026/2020 é capaz de promover o alcance universal à água potável e ao saneamento básico no Brasil até 2033, ano proposto pela própria norma. O método empregado é o dedutivo e o procedimento é o monográfico, sendo utilizada a modalidade de pesquisa bibliográfica. O resultado aponta para uma possível regressão dos direitos humanos provocada essencialmente e em decorrência da privatização dos serviços, com efeitos na ineficiência, no controle da qualidade, na abrangência e na redução da participação popular.

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