Esta tese propõe verificar os limites e possibilidades metodológicas do Experience Design na concepção de peças de mobiliário doméstico contemporâneo. As ferramentas utilizadas para a leitura do contexto de atuação pretendido deram origem ao que denominamos de emergência de "questões sensíveis", que nortearam o desenvolvimento dos critérios de projeto, tendo em vista, uma abordagem mais humana e comunitária em busca da promoção da qualidade de vida, via design. A descrição do processo de escolha, aplicação e dificuldades encontradas no uso de tais ferramentas e métodos estão presentes no corpo deste trabalho, enriquecido com a adição de informações complementares, tais como imagens e descrições de projetos de referência, definições e microanálises. Trata-se, de certa maneira, de uma investigação de caráter interdisciplinar, dentro de um panorama rico, mas também intrincado, que deve considerar as questões sociais locais, a minimização dos impactos ambientais, a transformação do espaço doméstico e do próprio grupo familiar. Estas peças de suporte ao cotidiano são entendidas também como interfaces físicas capazes de potencializar a comunicação e transmissão de informações, entre gerações diferentes de uma mesma família, como por exemplo, os jovens e os idosos. Este depositário de memórias vincula fotografias familiares com relatos orais e os exibe em tempos diferentes dos de sua produção e registro. O fio condutor desta narrativa projetual é o sistema intitulado MEMOrabili@, apresentado ao final deste trabalho.
As hortas urbanas integram a categoria de Soluções Baseadas na Natureza (SbN) capazes de proporcionar benefícios tanto ambientais quanto sociais; entre estas, podemos citar a regulação de microclimas urbanos, o suporte à diversidade e segurança alimentar, o incentivo à educação ambiental e a resiliência de comunidades. O artigo tem como objetivo investigar se projetos dessa natureza, quando criados e geridos sob a iniciativa de comunidades, organizações de bairro e outros grupos sociais possuem maior eficiência, engajamento e continuidade em comparação a projetos de iniciativa privada e/ou pública, sem participação social em sua criação e desenvolvimento. Por meio de estudos de casos múltiplo, ao lado de entrevistas semi-estruturadas com lideranças, visitas de campo e pesquisa bibliográfica, foram selecionadas três hortas urbanas em contextos periféricos na cidade de São Paulo: a Horta da Dona Sebastiana, membro da Associação de Agricultores da Zona Leste e auxiliada por uma Organização Não Governamental; a AgroFavela-Refazenda, localizada em Paraisópolis, patrocinada por uma empresa multinacional; e a Horta Popular Criando Esperança, na Vila Nova Esperança, autônoma. O trabalho também discute o conceito de Justiça Ambiental como um interessante instrumento de análise, em uma cidade socialmente e ambientalmente desigual como São Paulo - na qual os riscos ambientais e a falta de investimento atingem desproporcionalmente populações mais pobres e vulneráveis. Como resultado, concluiu-se que projetos como as hortas urbanas podem ser ferramentas potenciais de redução de desigualdades ambientais e, quando com a participação de comunidades, também transformadores sociais. Ressalta-se a importância da implementação de SbNs em áreas periféricas, as quais sofrem mais injustiças ambientais e necessitam mais destas infraestruturas do que nas áreas nobres de São Paulo - onde muitas SBNs são atualmente construídas e amplamente divulgadas.
Este capítulo apresenta a trajetória de desenvolvimento do protótipo Régua Longa de Proteção (RELP), resultado do trabalho de iniciação científica conduzido no período entre agosto de 2016 a julho de 2017. A partir da análise das condições de trabalho em duas cooperativas de reciclagem, localizadas na cidade de São Paulo, e o uso de metodologia de projeto das áreas da Arquitetura e do Design, buscou-se também soluções complementares que visassem oferecer maior segurança e auxílio às atividades laborais nas zonas de triagem de materiais. Para a obtenção dos dados, além de revisão bibliográfica, realizou-se visitas e levantamentos técnicos, diálogos com os cooperados e oficinas.Palavras-Chaves: Cooperativas, Reciclagem, São Paulo, Soluções de projeto, Protótipo. INTRODUÇÃOEsta pesquisa de iniciação científica é parte integrante do projeto "Condições de trabalho de catadores de materiais recicláveis: análise e recomendações
Por meio de revisão bibliográfica e de pesquisa de campo, constata-se que as catadoras estão expostas a uma série de riscos ocupacionais, porém não possuem acesso aos EPIs necessários para proteção individual no ambiente de trabalho. Frente a esta questão, essa pesquisa propõe uma solução piloto para essa problemática. Utilizou-se como estudo de caso a cooperativa de materiais recicláveis Gama localizada em Itaquera, zona leste de São Paulo, e a partir dos depoimentos das catadoras, identificou-se quais eram as necessidades de proteção peculiares nessa cooperativa, a coleta das medidas antropométricas para a elaboração da proposta de vestuário e o desenvolvimento de um conjunto de peças protótipo.Palavras-chave: Cooperativa de reciclagem, Divisão sexual do trabalho, Triagem, Equipamento de proteção individual.
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