Tendo como referência a Teoria da Variação e Mudança (LABOV, 2001; 2008[1972]), este trabalho tem o objetivo de promover uma discussão mais detalhada acerca da relevância da variável social faixa etária na compreensão da variação entre o modo subjuntivo e o modo indicativo em dados do português brasileiro. A reflexão empreendida parte da análise de resultados percentuais referentes a dados extraídos de entrevistas conduzidas com informantes de três capitais brasileiras: Florianópolis, São Paulo e São Luís. Pretende-se responder ao seguinte questionamento: a interpretação dos resultados aponta para um fenômeno de variação estável ou de mudança em progresso? Resultados mais gerais indicam que, em Florianópolis, a variação é estável e, em São Paulo e em São Luís, já há indícios de mudança.
RESUMO:O objetivo deste artigo é realizar um mapeamento do uso variável do modo subjuntivo no português do Brasil, a partir da comparação dos resultados gerais obtidos em 18 pesquisas com amostras de quatro regiões brasileiras: Sul, Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste. A importância dos percentuais reside na indicação da frequência do subjuntivo em cada amostra investigada. Nesse sentido, qualquer comparação mais rigorosa inferida a partir dos resultados deve considerar as particularidades de cada estudo. O mapeamento inicial permite um panorama muito interessante sobre o uso variável do modo subjuntivo e coloca em destaque algumas variáveis, como modalidade e tipo de oração. A despeito de especificidades que caracterizam as amostras e o controle das variáveis, o uso variável do modo subjuntivo parece seguir um certo padrão, pelo menos no que se refere às duas variáveis mencionadas. Os trabalhos constituem referência, portanto, para a comparação de resultados relativos às mesmas variáveis na tentativa de uma maior compreensão do funcionamento do uso variável do presente dosubjuntivo. PALAVRAS-CHAVE: Modo subjuntivo. Variação. Regiões brasileiras.
ABSTRACT: The objective of this researchis to map the variable use of subjunctive mood in Brazilian Portuguese from the comparison of the general results obtained in
INTRODUÇÃOTem crescido, no Brasil, o interesse pela pesquisa acerca da variação entre o modo subjuntivo e o modo indicativo, desde a década de 1970 e se intensificando a partir do
Neste texto, a leitora e o leitor terão acesso a uma espécie de síntese do percurso acadêmico de Votre, uma linha temporal imaginária que emerge de suas respostas gentilmente a nós concedidas nesta entrevista. O ponto inicial, como não poderia deixar de ser, marca seus primeiros passos no campo teórico do Funcionalismo linguístico da costa oeste norteamericana, em diálogo com grandes nomes como Sandra Thompson, Talmy Givón e Gillian Sankoff. Nesta conversa, também entram em cena temáticas como: (i) o debate repaginado nomeado pelo entrevistado como novo Funcionalismo Linguístico; (ii) uma retrospectiva ao surgimento do Grupo de Estudos Discurso & Gramática, seus objetivos, parcerias e alguns resultados alcançados; (iii) uma exposição sobre as interfaces teóricas propostas nos últimos anos que envolvem o funcionalismo linguístico de vertente norte-americana, e sobre os principais desafios teóricos e descritivos para os estudos funcionalistas do Português do Brasil; e (iv) as justificativas e motivações que o levam a distanciar-se dos estudos funcionalistas, voltando-se, em suas palavras, ao “alargamento da atenção para outros aspectos sociais que interferem na formação da gramática”.
Resumo Resultados da análise de dados sincrônicos (PIMPÃO, 1999b) apontam o traço de futuridade como contexto propício ao uso do presente do modo subjuntivo. Nesse sentido, o objetivo é buscar, mediante consulta em gramáticas históricas, possíveis explicações para o favorecimento do presente do subjuntivo em contextos linguísticos em que o evento codificado na cláusula do dado é projetado para o futuro, i.e., corresponde ao tempo posterior ao momento de fala. Palavras-chave: Variação. Presente do modo subjuntivo. Modalidade deôntica.
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