A neoplasia pancreática neuroendócrina tem incidência de 1:100.000 e representa 5% de todos os tumores relacionados ao pâncreas. São classificados em funcional ou não funcional, de acordo com a síndrome hormonal hipersecretiva. O diagnóstico se dá por imagens e sua classificação por histopatologia e imunohistoquímica. O diagnóstico e tratamento precoce são de grande importância; embora muitas vezes os achados se dão por exames de rotina, em acompanhamento com clínica variada, ou ainda por queixas que são incomuns e que podem progredir e comprometer a evolução. Dessa forma, torna-se relevante os diagnósticos diferenciais, diante da complexidade de sinais e sintomas que podem representar enfermidades raras.
A Perfuração Iatrogênica do Cólon (PIC), é considerada uma das complicações mais graves relacionadas à colonoscopia. As PICs podem ser manejadas de maneira conservadora, cirúrgica e endoscópica. Trazemos o relato de um paciente do sexo masculino que realizou com sucesso o tratamento conservador e endosco em regime de internação hospitalar após o dignóstico de perfuração de colon pós-colonoscopia. A mesma ocorreu durante uma polipectomia e foi diagnosticada durante o procedimento.Palavras-chave: colonoscopia, perfuração de cólon, polipectomia, tratamento conservador ABSTRACT Iatrogenic Colon Perforation (ICP) is considered one of the most serious complications related to colonoscopy. ICPs can be managed conservatively, surgically and endoscopically. We present the report of a male patient who successfully underwent conservative and endoscopic treatment in a hospital stay after the diagnosis of colonic perforation after colonoscopy. It occurred during a polypectomy and was diagnosed during the procedure.
S.M.B., sexo feminino, 33 anos, admitida na Santa Casa de Presidente Venceslau devido atropelamento por trator com trauma em região tóraco-abdominal. Da entrada sedada, sob ventilação mecânica e em uso de droga vasoativa. Quanto aos exames de entrada a hemoglobina era de 3,8 g/dL e o hematócrito de 11%. Na admissão no centro cirúrgico fora realizada drenagem torácica em selo d`água à esquerda, com saída imediata de 1400 ml de sangue. Prosseguiu com laparotomia exploradora, onde foi encontrado lesão esplênica grau V, lesão hepática grau IV e ruptura completa do esôfago proximal na transição esôfago-gástrica associado a lesão diafragmática. Realizado esplenectomia total, hepatorrafia com controle de sangramentos e gastrorrafia em região de cárdia, e isolamento do esôfago com sondanasogastrica (SNG) por inexperiência do cirurgião a paciente foi encaminhada para serviço de referência para reparo definitivo, no hospital especializado foi realizado reabordagem cirúrgica, no inventário da cavidade observou grande quantidade de sangue proveniente fígado e tórax, e secção completa do esôfago distal reparado por SNG, devido a instabilidade da paciente e gravidade das lesões, foi optado por cirurgia de controle de danos, realizado hepatorrafia do segmento VII, esofagostomia e peritoneostomia; Após a intervenção a paciente foi encaminhada para Unidade de Terapia Intensiva, evoluindo a óbito. A lesão esofágica causada por trauma não iatrogênico é incomum. Com mortalidade de 10 a 40% se não diagnosticada nas primeiras 24h, usualmente acomete o esôfago torácico e cervical. O tratamento cirúrgico é indicado em casos de pacientes instáveis, perfuração de esôfago intra-abdominal, perfurações com doenças esofágicas. As primeiras 24 horas são o período ouro para o fechamento das lesões, que devem ser desbridadas até a exposição total, o que normalmente requer abertura da muscular permitindo a avaliação total do dano da mucosa. A abordagem depende da área lesionada, como no caso relatado, que devido à gravidade da paciente, foi utilizado cirurgia abreviada, para controle de danos, com esofagostomia e peritoneostomia, para que posteriormente fosse realizado reparo definitivo. A gravidade dos traumas com lesão de esôfago e a demora no diagnóstico e tratamento resulta em alta taxa de complicações pós operatórias e elevação considerável da morbimortalidade dos pacientes, fazendo-se necessários maiores estudos para detecção precoce da doença.
CASO: J L.O.N.D.S, sexo masculino, 27 anos, proveniente de Presidente Prudente-SP, admitido na Santa Casa de Misericórdia de Presidente Prudente com queixa de dor em fossa ilíaca direita (FID), inicialmente tratado com antibioticoterapia (ciprofloxacino). Paciente retorna após 10 dias, sem sinais de melhoras e com ultrassonografia (US) e exames de sangue sem alterações, Tomografia computadorizada de abdômen com apendicite aguda complicada, com coleção e focos gasosos. O paciente foi encaminhado para o centro, no inventário da cavidade foi evidenciado presença de massa em região de fundo de saco, aderido ao sigmóide e bexiga, infiltrando o ceco até nível de válvula ileocecal com base friável e fibrosada. Prosseguindo com tiflectomia. A peça foi enviada ao anatomopatológico que evidenciou na macroscopia serosa abaulada, cruênta e enegrecida com aderências fibrinosas. Aos cortes o apêndice mostra luz virtual e parede esbranquiçada com áreas enegrecidas, principalmente nos dois terços distais. O ceco mostra aderências fibrinosas na região de implantação apendicular. A mucosa mostra pregueado preservado com edema, sem outras particularidades. O diagnóstico final firmou apendicite aguda gangrenosa (complicada com rotura) e peritonite fibrino-leucocitária. Após a intervenção paciente recebeu dieta no 2 dia e alta no sexto dia pós operatório. A Apendicite Aguda (AA) é a causa mais comum de abdome agudo cirúrgico ao redor do mundo, com uma mortalidade variando de 7 a 8%. Tem alta incidência, acometendo cerca de 300 mil pessoas/ano, e atinge preferencialmente indivíduos de 10 a 30 anos, poupando as idades extremas. A AA ainda é subdividida em não complicada e complicada. No caso da segunda, além dos sintomas gerais, o paciente pode apresentar peritonite generalizada, perfuração aguda e/ou sepse grave. Como no caso relatado em que o paciente apresenta como complicações a perfuração aguda e a peritonite, sendo utilizado a tiflectomia para presentear cólon direito, diminuindo a morbi-mortalidade. A apendicite complicada quando necessario colectomia, a tiflectomia é uma opção menos agressiva, com menor repercussão em morbi-mortalidade para o paciente.
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