Modelo de estudo: Estudo observacional, descritivo e transversal. Objetivo: Avaliar o uso de substâncias psicoativas entre estudantes de medicina de uma universidade pública do semiárido brasileiro. Metodologia: Estudo realizado com 101 estudantes através de questionário contendo aspectos do perfil sociodemográfico e econômico dos participantes e do questionário sobre triagem do uso de álcool e outras sete substâncias psicoativas (ASSIST). Resultados: O perfil dos participantes se caracterizou pelo predomínio do sexo masculino (52,5%), etnia branca (44,6%), faixa etária entre 18 e 29 anos (88,1%), estado civil solteiro (91,1%). Observa-se prevalência para uso de bebidas alcoólicas 80,2%(81), maconha 32,67%(33) e derivados do tabaco 31,7%(32). As bebidas alcoólicas se destacam majoritariamente no desejo ou fissura 36,6%(37), dentre os demais indicadores/motivações. Obteve-se associação com o sexo masculino para uso de álcool (p=0,025), tabaco (p=0,001), maconha (p=0,016) e inalantes (p=0,018); e maiores de 30 anos para derivados do tabaco (p=0,034), maconha (p=0,005), cocaína/crack (p=0,004), inalantes (p=0,001) e alucinógenos (p=0,012). Conclusão: Evidenciou-se alta taxa de prevalência no uso de bebidas alcoólicas entre os estudantes de medicina em relação às demais substâncias psicoativas consumidas. Reconhece-se a necessidade do desenvolvimento de estratégias voltadas a saúde mental e bem-estar para os estudantes de medicina.