As hepatites virais representam um grupo de doenças caracterizadas pela infecção por vírus que possuem hepatotropismo. Atualmente, conhecemos 5 tipos de vírus: Vírus da Hepatite A, Vírus da Hepatite B, Vírus da Hepatite C, Vírus da Hepatite D e Vírus da Hepatite E. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 257 milhões de pessoas vivem com Hepatite Crônica pelo vírus B, enquanto 71 milhões apresentam infecção crônica pelo vírus C. Além disso, a estimativa é de que as hepatites virais sejam responsáveis por cerca de 1,34 milhão de mortes por ano. No Brasil, entre os anos de 1999 e 2018, foram confirmados 632.814 casos de hepatites virais, sendo a Hepatite B aquela com a maior proporção de casos (36,8%). Apesar disso, a maior causa de óbitos dentre as hepatites virais, se encontra na Hepatite C (76%). Objetivo: Identificar o perfil epidemiológico das hepatites virais no estado do Tocantins, nos últimos 18 anos (entre 2001 e 2018). Metodologia: É um estudo de corte transversal, com abordagem quantitativa, descritivo retrospectivo com o uso de dados secundário, coletados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação SINAN-DATASUS/ Ministério da Saúde. Resultado: No período investigado foram confirmados 8.648 casos de hepatites virais no estado do Tocantins, sendo 61% dos casos correspondentes a Hepatite A, 27% de Hepatite B e 8% de Hepatite C. Os demais casos estão distribuídos entre outras formas de hepatite virais. As pessoas mais acometidas foram do sexo masculino, da cor parda, bem como a faixa etária entre 01 e 09 anos de idade. A região de saúde com o maior número de casos a Médio Norte Araguaia. Conclusão: Percebemos que os maiores números de casos registrados foram de Hepatites A. Apesar disso, o estudo demonstra uma tendência de declínio na taxa de incidência ao longo dos anos analisados. Palavras-chave: Hepatite; Vírus da Hepatite; Epidemiologia; Saúde Pública.
A endoftalmite é uma inflamação nos tecidos intraoculares causada por microorganismos que invadem o segmento posterior do olho, sendo os fungos a origem mais comum de endoftalmite exógena. Tal patologia se caracteriza como potencialmente destrutiva para a visão devido ao acometimento de estruturas, como retina, coroide e corpo ciliar. Esse trabalho busca relatar o caso de um recém-nascido a termo com endoftalmite após infecção do trato urinário e posterior sepse fúngica por Candida albicans. No diagnóstico, apresentou fundo de olho com lesão branca bem delimitada envolvendo a retina em pólo posterior do olho direito. Após tratamento e acompanhamento ambulatorial, foi identificada absorção completa da lesão ocular. Ressalta-se a importância do estudo de infecções fúngicas em neonatos devido à sua elevada mortalidade e morbidade, que inclui cegueira parcial e completa. O relato serve de embasamento para possíveis casos semelhantes, uma vez que o prognóstico depende, em grande parte, do diagnóstico e tratamento precoce.
Objetivo: Relatar um caso sobre episclerite tuberculosa e os desafios clínicos para realizar o diagnóstico. Detalhamento do caso: Paciente masculino, 20 anos, natural e residente do Estado do Tocantins e portador de espondilite psoriásica. Procurou atendimento oftalmológico queixando-se de irritação em olho esquerdo há 20 dias com acumulo de secreção matinal. Realizada biomicroscopia ocular que revelou quadro de conjuntivite crônica ativa inespecífica, não respondendo ao tratamento inicial. Realizado biópsia da lesão com pesquisa para fungos, com presença destes. Prescrito tratamento para infecção fúngica, que apresentou melhora com posterior piora clínica. Realizada nova biópsia, que revelou inflamação, sem hifas, sendo cogitada a hipótese de tuberculose ocular. Realizado PPD que resultou reação de 21mm, sendo instituído tratamento específico com resolução do quadro, fechando o diagnóstico de epiesclerite tuberculosa. Considerações finais: A tuberculose apresenta alta prevalência no Brasil e pode ter manifestações pulmonares e extrapulmonares, como a tuberculose ocular. Como demonstrado, há dificuldade no diagnóstico desta patologia e por isso este relato pretende chamar a atenção dos profissionais da saúde para o diagnóstico desta.
Resumo: Introdução: Os tricoepiteliomas são tumores benignos raros originados do folículo piloso, apresentam-se como lesões únicas ou múltiplas. Os casos já relatados iniciam na infância e aumentam em número e tamanho durante a vida adulta. O objetivo do artigo é apresentar essa patologia de baixa incidência e diagnóstico desafiador. Desenvolvimento: É apresentado o caso de paciente de 9 anos do sexo feminino, acompanhada desde os 5 anos, com queixa de múltiplas pápulas da cor da pele, bem delimitadas, circulares, dispostas difusamente em região facial, com surgimento a partir dos 3 anos. As análises dermatoscópica e anatomopatológica foram coerentes com o diagnóstico de tricoepitelioma múltiplo. Considerações Finais: É preciso fazer diagnósticos diferenciais subsequentes com tumores malignos, pois existe na literatura relato de transformação maligna para carcinoma basocelular em lesões mais antigas. O tratamento habitual é a exérese da lesão, mas deve ser individualizado, avaliando as chances de recidiva, o potencial de lesão cicatricial e impacto estético.
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