Desde a origem até o consumo, a gestão logística acompanha a entrega de bens e serviços com a finalidade de responder as necessidades dos clientes. Todavia, a ineficiência na integração das atividades logísticas poderá contribuir de forma negativa na lucratividade do empreendimento. O elemento central deste artigo foi identificar quais os principais desafios na gestão logística de integração das atividades primárias e de apoio em uma microempresa fabricante de biscoitos. O estudo justifica-se em função da expansão acelerada que contribuiu para o não planejamento efetivo do setor logístico, além da queda no desempenho da empresa ante aos clientes. Nesse contexto, buscou-se desenvolver uma pesquisa de natureza aplicada, abordagem qualitativa e objetivo exploratório. O procedimento técnico utilizado foi o estudo de caso. A pesquisa consistiu em (i) definir a estrutura conceitual-teórica; (ii) planejar o caso; (iii) conduzir o teste piloto; (iv) coletar os dados; (v) analisar os dados; e (vi) gerar o relatório. Foram evidenciados múltiplos desafios durante a análise, como por exemplo, atrasos nas entregas das mercadorias aos clientes. Sugere-se a contratação de um operador logístico na fábrica de biscoitos para auxiliar a criação, planejamento, implementação, desenvolvimento e gestão das atividades de transportes, manutenção de estoques e processamento de pedidos. As conclusões provenientes do estudo destacam que a presença e atuação do operador logístico na microempresa poderá gerar benefícios como o aumento na qualidade do nível de serviço ao cliente e obtenção de vantagem competitiva perante a concorrência.

A maior parte dos cursos de graduação em Engenharia de Produção apresenta projetos pedagógicos modernos e em concordância com as Diretrizes Curriculares Nacionais de Engenharia. Contudo, a criação de estratégias voltada ao universo da Gestão de Micro e Pequenas Empresas (GMPE) tem atributos nem sempre revelados nos cursos. O elemento central deste artigo é identificar quais vertentes existem na literatura quanto ao ensino-aprendizagem de GMPE nos cursos de graduação em Engenharia de Produção. A Revisão Sistemática de Literatura (RSL) resultou em 20 artigos publicados entre 2016-2021, obtidos na base de dados do Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Percebe-se na revisão que o tema foi tratado por intermédio das dimensões de especificidades de GMPE; estrutura curricular para formação do engenheiro de produção; e ensino-aprendizagem do empreendedorismo. Destaca-se a escassez de publicações que tratam das particularidades de criação de estratégias voltadas às Micro e Pequenas Empresas (MPE’s) nos Projetos Pedagógicos dos Cursos (PPC’s) de Engenharia de Produção. Por ser um assunto atual e emergente, o estudo proposto pode contribuir para a compreensão do GMPE por meio de tais cursos e gerar revelações que nortearão pesquisas futuras.

O elemento central deste artigo foi realizar um exame sistemático dos principais itens existentes na literatura para elaborar uma proposta pedagógica no desenvolvimento da disciplina de Gestão de Micro e Pequenas Empresas (GMPE) do curso de Engenharia de Produção. Perante o contexto, buscou-se fazer um estudo exploratório nas diretrizes curriculares do curso e na literatura relacionada à gestão de empresas de pequeno porte. Como resultado, ressalta-se a construção de um quadro sinóptico para sistematizar o Plano de Trabalho Docente (PTD) e justificar a sua proposta pedagógica, metodologias, materiais textuais, recursos tecnológicos e processos de avaliação a serem utilizados nas aulas da disciplina. Dessa forma, espera-se que este estudo seja relevante do ponto de vista acadêmico, pois abrange a estruturação de um PTD da disciplina de GMPE para o curso de Engenharia de Produção, podendo ser adaptado para outras composições curriculares. As conclusões provenientes da pesquisa destacam o quanto é importante o planejamento educacional no ensino superior, bem como a relevância da abordagem de particularidades das micro e pequenas empresas no processo de ensino-aprendizagem do engenheiro de produção.

A pandemia de Corona Virus Disease 2019 (COVID-19) tem causado momentos de incertezas, neutralizado atividades econômicas e adaptado práticas de rotina. Contudo, nem todos os segmentos empresariais estão preparados para responder rapidamente às eventualidades, sobretudo as Micro e Pequenas Empresas (MPE’s). O elemento central deste artigo foi identificar quais os tipos de comportamento de empresários e consumidores de micro e pequenas academias de ginástica na adaptação das práticas de atividades físicas em tempos de pandemia. O contexto das academias foi escolhido por ser um dos setores da economia mais impactados financeiramente em virtude do isolamento social, proibição de aglomeração de pessoas e da dependência do espaço físico para exercer atividades. Por meio de uma metodologia baseada em netnografia, durante o inverno do ano de 2020 foram coletados e analisados dados de perfis da rede social Instagram de 42 academias, sete personal trainers e 28 consumidores, além de 13 hashstags. Como resultado, foram encontrados quatro tipos de comportamentos de empresários e consumidores, a saber: adaptador, resiliente, desistente e negador. Acredita-se que este artigo irá contribuir no entendimento das mudanças e adaptações de MPE’s em momentos de incertezas. Sob a perspectiva dos empresários de academias de ginástica e seus consumidores, as conclusões provenientes da pesquisa destacam que a pandemia foi um meio para o setor aperfeiçoar o modo de ofertar o serviço por intermédio da adição de novos hábitos e necessidades de consumo que poderão apontar novas rotinas e tendências pós-pandemia.

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