A pesca no Brasil é bastante diversificada, abrangendo comunidades pesqueiras artesanais distribuídas ao longo da costa, além de frotas industriais. Das sete espécies de tartarugas marinhas que ocorrem ao redor do mundo, cinco são encontradas no Brasil e todas interagem com a pesca. Esforços de pesquisa e conservação visando mitigar a captura incidental (bycatch) das tartarugas vem sendo realizados, sendo considerada uma linha de ação prioritária para a pesquisa, manejo e conservação. Com o objetivo de compreender de que maneira a pesquisa vem lidando com a questão da interação das tartarugas marinhas com a pesca no Brasil, no presente trabalho realizamos uma revisão da literatura visando identificar os avanços e as lacunas do conhecimento sobre a temática no país. Foi identificada uma literatura crescente desde os anos de 1960, com um aumento mais expressivo a partir dos anos 2000. Apesar do aumento das pesquisas, observamos um predomínio da literatura sobre a interação com a pesca industrial, em especial o espinhel pelágico, em detrimento de pescarias artesanais, a qual ainda carece de estudos, principalmente nas regiões norte e nordeste. Ainda, se faz necessário um melhor dimensionamento da mortalidade ocasionada pela captura na pesca e seu impacto nas populações, assim como na ampliação das estratégias de conservação.
Neste artigo buscamos realizar a identificação dos valores vigentes promotores das desigualdades e violências, readmirá-los criticamente, para, então, propor novos valores e ações colaborativas que nos possibilitem transicionar para modelos de sociedades sustentáveis. Como resultado desse processo coletivo, identificamos valores ligados à desvalorização do não humano – outras espécies, mares, rios, solos, dentre outros, e à desvalorização do humano – racismo, machismo e homofobia, chegando à proposição da valorização da vida, valorização das pessoas negras, valorização das mulheres e valorização das pessoas LGBTQ+, propondo práticas para sua concretização por meio do diálogo e da colaboração.
A prática pedagógica “bancária” reforça valores como a competição, o individualismo, a dominação, entre outros, gerando uma postura impositiva e autoritária nos educadores. Por outro lado, a prática do diálogo como ferramenta pedagógica é um meio de garantir a autonomia e a emancipação das pessoas envolvidas no processo educativo. Neste sentido, para enfrentar os problemas socioambientais, a Educação Ambiental de base dialógica apresenta-se como um caminho possível para a transformação. Dessa forma, o presente artigo buscou contribuir para o aprofundamento dos conhecimentos de diálogo na formação de jovens ambientalistas a partir da análise dos processos de formação desenvolvidos dentro do Coletivo Jovem Albatroz (CJA) durante os anos de 2015 a 2019. Para isso, adotou-se como metodologia uma abordagem qualitativa, analisando diversos documentos (relatórios de monitoramento e relatos de experiência) a partir de três categorias: construção de um ambiente dialógico; liderança dialógica; e aprendizado do diálogo. Foi possível identificar, nos processos educadores do CJA, o fomento da construção de um ambiente dialógico por uma liderança que se dispõe a ser dialógica, o que contribuiu para o aprendizado e vivência do diálogo. Em paralelo, também foram encontrados desafios para a manutenção de tal dialogicidade, como a dificuldade dos jovens se manterem no Coletivo e a aproximação de novos jovens provenientes de áreas do conhecimento distintas da área ambiental.
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