Resumo. O artigo traz um estudo sobre a propaganda política no Brasil a partir da utilização das mídias audiovisuais. Parte-se da discussão do modelo hegemônico da mídia televisiva, desde a década de 60, quando foi instituído o Horário Gratuito de Propaganda Eleitoral (HGPE). Discute-se a TV como meio hegemônico, bem como as especifidades da propaganda política e do Horário Gratuito de Propaganda Eleitoral com estudos do uso inovador no ano de 1989. Por fim, o artigo apresenta uma análise das estratégias acionadas por Dilma Rousseff (PT) durante o HGPE, na eleição presidencial de 2014. Como metodologia optou-se pela análise de conteúdo.
O artigo efetua análise de conteúdo dos pronunciamentos da presidente Dilma Rousseff em Cadeia Nacional de Rádio e Televisão (CNRT) nos anos inicial (2011) e final (2014) do primeiro governo, cotejando-os aos enquadramentos noticiosos dedicados a eles pelo jornal Folha de S. Paulo. Tem por objetivo verificar como a ex-presidente acionou as estratégias de Campanha Permanente nos pronunciamentos e quais enfoques a Folha mobilizou ao tratar desses discursos. Testa-se (e, parcialmente, confirma-se) a hipótese de que, se os pronunciamentos de Dilma buscavam melhor situá-la na disputa pela reeleição, os enquadramentos da Folha construíram narrativas majoritariamente desqualificadoras do governo.
A eleição presidencial de 2014, apesar de ter sido a sexta polarizada entre PT e PSDB, foi uma das mais acirradas nas últimas décadas, com a vitória apertada de Dilma Rousseff (PT). A presidente reeleita passou a enfrentar resistências, principalmente da base aliada, que, no primeiro ano do seu segundo mandato, ficou reduzida a poucos partidos e congressistas. O PMDB, maior partido do Congresso e da coalizão, uniu-se à oposição para articular o processo de impeachment da presidente. O artigo estuda as ênfases e narrativas construídas pelos três maiores partidos do Brasil (PT, PMDB e PSDB) em suas Propagandas Partidárias Gratuitas (PPG) durante o contexto da crise política. O trabalho toma como base as discussões sobre interface mídia e política, campanha permanente e especificidades da propaganda política.
O artigo traz um estudo das estratégias midiáticas e políticas acionadas pelo Partido dos Trabalhadores (PT) na Propaganda Partidária Gratuita (PPG) e no Horário Gratuito de Propaganda Eleitoral (HGPE). Parte-se do pressuposto que os atores políticos utilizavam o espaço da Propaganda Partidária Gratuita para ganharem visibilidade e manterem o apoio popular (Campanha Permanente), ou seja, focava-se na utilização de estratégias antecipadas visando a uma próxima eleição. Dessa maneira, acredita-se que há uma convergência das estratégias da PPG e do HGPE. Como recorte serão analisadas cinco peças da PPG do PT (2015 a 2017) - momento de intensa crise política e também serão analisados os programas do HGPE de 2018 do PT. O artigo traz uma discussão acerca da interface mídia e política, personalização e espetacularização da política, campanha permanente, especificidades da Propaganda Partidária e do HGPE. A metodologia aplicada será Análise de Conteúdo qualitativa e quantitativa.
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