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As Hepatites Virais, agravo de notificação compulsória semanal, apresentam tropismo específico para os hepatócitos, etiologias virais diversas, caráter inflamatório e amplo espectro clínico. Devido ao quantitativo de sua prevalência, seu enfrentamento representa um desafio de saúde pública. Objetivou explicitar o perfil clínico e epidemiológico das notificações de hepatites no município de Cacoal-RO durante o período 2018-2020. Trata-se de um estudo epidemiológico transversal de caráter descritivo e quantitativo, por meio da análise de dados secundários, não necessitando da aprovação do CONEP/CEP, extraídos da ficha de notificação do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), do Departamento de Informática do SUS (DATASUS), perfazendo um recorte temporal em relação as variáveis de interesse. Entre os anos de 2018 a 2020 foram notificados 93 casos no município, dentre os quais 55 (59,14%) eram no sexo masculino. Houve predominância na raça parda, com 62 (66,67%) casos. Quanto a escolaridade, 5ª a 8ª série apresentou 17 (18,28%) das notificações. A faixa etária de 40-59 anos obteve 43 (46,24%) comunicações. Entre as variáveis clínicas, prevaleceu etiologicamente o vírus B, com 75 (80,65%) casos, além da forma crônica/portador estar presente em 91 (97,85%) dos acometidos. Em relação a transmissão, essa se deu predominantemente por meio sexual, com 76 (81,72%) casos. Quanto a confirmação, 75 (80,65%) foram HBsAg reagentes e 17 (18,28%) tiveram resultado positivo para AntiHCV. Dessa maneira, fica evidente o perfil epidemiológico e clínico das notificações, o que contribui para o planejamento e a adoção de medidas de educação em saúde voltadas as necessidades locais.

As Doenças Cardiovasculares (DCV) são a principal causa de mortalidade geral no Brasil e no mundo, dentre elas destaca-se o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), porém um novo cenário de letalidade em pacientes infectados pelo Sars-cov-02 tornou-se o foco de atendimento de todos os hospitais em âmbito mundial. Este estudo objetivou caracterizar o quadro de hospitalização e mortalidade por IAM em tempos pandêmicos no comparativo de 2018 a 2022. Trata-se de um Estudo transversal, descritivo e quantitativo, que utilizou o SINAN/DATASUS como fonte de dados. No período estudado houveram 615.145 hospitalizações e 60.134 óbitos por IAM. Observou-se um declínio dos números de hospitalização no ano de 2020 sendo 19,72% reestabelecendo acréscimo em 2021, correspondendo (23,52%), mantendo percentual de aumento em 2022. Quanto ao perfil sociodemográfico: 391.747 (63,7%) eram do sexo masculino (86,11%) com faixa etária > 50 anos, de raça/cor branca (39,8%) e pardas (33,2%). Óbitos por IAM: 2020 (19,07%) e 2021 (22,7%).  O perfil sociodemográfico dos óbitos se assemelha ao perfil das hospitalizações, maioria no sexo masculino (56,1%), raça branca e parda, 38,73% e 31,45%, respectivamente, faixa etária > 70 anos (52,48%). Compreende-se que os impactos da pandemia podem apresentar reflexos maiores, no período pós pandemia com complicações silenciosas e mascaradas, a postergação da procura médica preventiva, adiamentos de cirurgias eletivas primordiais aos pacientes com DCV. Espera-se que os resultados desta pesquisa contribuam no aprimoramento profissional do perfil epidemiológico e sociodemográfico com ações de saúde voltadas a população em geral e aquelas com maior vulnerabilidade e suscetibilidade da doença.

A sífilis é uma infecção generalizada e tratável, específica do ser humano, seu agente etiológico é o Treponema pallidum (T. pallidum). Sem o tratamento adequado, a doença evolui pelo corpo, podendo causar lesões de pele em diversas partes, nas formas mais graves pode acarretar doenças cardíacas, comprometimento do sistema nervoso, cegueira total ou parcial e até morte. Este estudo objetivou caracterizar a incidência de sífilis adquirida no município de Cacoal/RO, no período de 2017 a 2021. Estudo transversal, descritivo e quantitativo, que utilizou o SINAN/DATASUS como fonte de dados. Este estudo obteve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, sob o parecer 59190722.8.0000.5298. Para a análise de dados, utilizou-se frequência relativa e absoluta. Nos anos de 2017 a 2021 foram notificados 512 casos de sífilis adquirida, 301 (58,78%) correspondem a indivíduos do sexo masculino, 242 (47,26%) são com idade entre 20 a 29 anos, 111 (21,67%) possuem ensino fundamental incompleto, 351 (69,33%) cor parda e 480 (93,75%) residem em zona urbana. Quanto as variáveis clínicas todos os casos 512 (100%) foram classificados como sífilis primária, e diagnosticados por meio de dados clínicos e exames laboratoriais. Dessa forma, concluiu-se sobre a importância da disseminação para a sociedade das informações sobre a infecção e suas formas de contágio, considerando que quanto maior o conhecimento, maior a conscientização das pessoas para se protegerem de forma eficaz, contribuindo para a redução dos índices de novos casos de sífilis, associando a essas medidas a capacitação profissional que reduzam as lacunas operacionais para controle da sífilis.

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