This work intends to survey the different ways by which the surrealist movement was perceived by Brazilian modernist artists and writers, between the 1920s and 1940s. It starts with a presentation and discussion of documents and bibliography about the surrealist discourse on art and its relevance in the context of the movement. Afterwards, based on a selection of works by five Brazilian artists (Tarsila do Amaral, Cícero Dias, Ismael Nery, Jorge de Lima and Flávio de Carvalho) together with a set of documents (articles, letters, manifestoes) produced in Brazil during the period studied, it analyses the approaches and detachments between the Brazilian and French movements. In order to avoid either a simplistic confrontation or labeling the works discussed "surrealists", the analysis is made without putting aside a discussion about the insertion of each artist in the context of artistic and intellectual local debates in the period. From this methodological perspective, it is possible to observe how the potential interest in the surrealism expressed by each artist appears mediated by other interests, affined to those debates. Thereby it underlines the singularity of that interest and the objective form it has assumed in the production of each artist.
Entre 1926 e 1927, anos que antecederam a publicação do Manifesto Antropófago, Oswald de Andrade manteve uma coluna semanal no Jornal do Commercio, edição São Paulo, publicada sempre às quintas-feiras com o título “Feira das quintas”. Os textos geralmente abordavam fatos ou temas do momento, muitas vezes incluindo, em uma mesma coluna, discussões sobre tópicos diversos, como se a leitura fosse análoga a uma caminhada por diferentes barracas em uma feira. Os tópicos incluíam desde a programação cultural da capital paulista, passando por comentários a respeito de obras públicas, pelo falecimento de astros de Hollywood, por polêmicas acirradas contra os líderes do Movimento Verde-Amarelo (Menotti del Picchia, Plínio Salgado e Cassiano Ricardo), entre outros. Quanto ao gênero, os textos são híbridos entre crônicas e contos, alguns contendo diálogos ficcionais em meio a discussões sobre fatos da semana, outros inteiramente dedicados à narrativa ficcional. Tratava-se de um espaço de experimentação, que o escritor utilizou para elaborar ideias e operações intelectuais que, depois, o Manifesto Antropófago retomaria. Este artigo discute alguns fragmentos de três colunas “Feira das quintas”, cruzando-os com trechos do manifesto, com interesse específico no modo como Oswald de Andrade critica o gosto estético de seus contemporâneos e põe em relação o passado artístico e arquitetônico colonial do Brasil e alguns grandes monumentos da civilização ocidental. A hipótese lançada aqui é que o modo como o escritor trabalha essas duas questões já aponta para a urgência, fundamental para o projeto antropofágico, em reposicionar a imaginação histórica e artística brasileira contra modelos de pensamento eurocêntricos.
Durante o ano de 1923, quando residiu em Paris, Oswald de Andrade teve contato com uma diversidade do que chamou de “ambientes intelectuais”, atuando como agente divulgador do movimento de renovação artística e literária promovido em São Paulo pela Semana de Arte Moderna. Essa experiência produziu um alargamento de sua reflexão sobre a singularidade da formação cultural e da vida intelectual brasileiras, processo que culminaria na publicação do Manifesto da Poesia Pau Brasil, pouco tempo depois de seu retorno ao país. Por meio da análise do texto de uma conferência, de cartas e de artigos enviados por Oswald de Andrade de Paris, este artigo discute o modo como as artes visuais participaram desse momento específico de sua experiência intelectual.
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