O balneário Hermenegildo está localizado no extremo sul do Brasil, no município de Santa Vitória do Palmar. Esta praia vem sofrendo um significativo processo de erosão costeira, danificando propriedades situadas à beira mar, fato que vem sendo combatido pelos próprios moradores através da colocação de estruturas de contenção à erosão. Este trabalho tem como objetivo analisar se essas estruturas de contenção dispostas na orla do balneário Hermenegildo estão realmente contendo a erosão costeira e, além disso, qual seu impacto sobre as características da praia nesse trecho. Para isso, foi utilizado um GPS geodésico em módulo de posicionamento relativo cinemático em tempo real (Real Time Kinematic-RTK) para mapear linhas de referência: linhas de dunas na parte urbanizada e junto às dunas frontais nas porções sul e norte do balneário, linha d'água ao longo do mesmo trecho e perfis topográficos transversais à costa. Esses dados foram corroborados por outras ferramentas de análise, tais como imagens aéreas, mosaicos de fotografias convencionais e identificação das estruturas de contenção, utilização de um sistema de informações geográficas (SIG), além da própria revisão bibliográfica. Ao analisar as diferenças encontradas entre a posição da linha da base das escarpas na parte urbanizada (zona estruturada) e a linha da base das dunas frontais adjacentes ao norte e ao sul do balneário, foi detectado que parte considerável da orla urbanizada está sobre a pós-praia, com uma área de contenção calculada em 54.100m² no ano da medição. Especificamente a porção central da orla urbanizada, onde existe maior concentração de estruturas de contenção mais resistentes à erosão costeira (como enrocamentos), está mais projetada sobre a face da praia em relação às áreas adjacentes. Com isso, conclui-se que as estruturas de contenção no balneário, mesmo que colocadas pelos próprios moradores, muitas vezes sem um conhecimento adequado de obras de engenharia costeira, estão contendo, pelo menos parcialmente, a migração horizontal da linha de costa em direção ao continente, embora muitas casas já tenham sido destruídas nos últimos 50 anos e substituídas por áreas de praia. Por outro lado, essa fixação da mobilidade horizontal da linha de costa acarreta impactos na morfologia praial na parte que está mais impactada pelas estruturas, como diminuição da largura da praia, ausência de bermas, o que diminui a declividade na face da praia, e presença de escarpas íngremes no limite superior, entre a praia e a área urbana. Durante a medição realizada, a linha d'água apresentou uma concavidade em frente ao setor central, o que indica que ocorre uma retirada de sedimentos nas áreas junto às estruturas de contenção. Tal característica apresenta-se bastante dinâmica espaço-temporalmente e necessita ser mais bem analisada. Com o progressivo avanço marinho sobre uma área urbana projetada sobre a praia, com progressiva diminuição entre a linha de quebra de ondas e as estruturas de contenção e área urbanizada, torna-se apropriado refletir sobre estratégias d...
Resumo O objetivo deste artigo é descrever o perfil epidemiológico e a distribuição espacial dos óbitos e casos confirmados da COVID-19 na macrorregião de saúde Oeste da Bahia. Estudo ecológico sobre a interiorização do SARS-CoV-2, entre 21 de março de 2020 e 31 de março de 2021, considerando o coeficiente de incidência e de mortalidade, letalidade, densidade de casos e média móvel de casos e óbitos. Foram registrados 37.036 casos e 536 óbitos confirmados. Dos casos, 94,5% estão recuperados e 4,0% ativos. O coeficiente de incidência foi 3.884,1/100 mil habitantes, o coeficiente de mortalidade, 56,2/100 mil habitantes, e a letalidade, 1,4%. Identificou-se a predominância de intensidade muito alta e alta da ocorrência da COVID-19 na macrorregião, com a média móvel evidenciando uma tendência de crescimento. Os achados descrevem alto risco de infecção e morte na macrorregião, além de apresentar uma tendência de crescimento dos casos acumulados, confirmando a interiorização da doença.
As nascentes são sistemas ambientais singulares que desempenham papel fundamental na conservação e manutenção dos recursos hídricos, em especial na região Oeste da Bahia, onde inúmeras nascentes abastecem rios de importância ambiental e social na região. Desse modo, o presente trabalho busca identificar e avaliar impactos ambientais macroscópicos em nascentes do rio de Ondas, Barreiras – Ba. A partir da aplicação do Índice de Impacto Ambiental em Nascentes, foi possível identificar e classificar o grau de preservação das nascentes e discriminar os impactos ambientais recorrentes de ações antrópicas. A análise dos parâmetros revelou que vegetação degradada, queimadas e proximidades à residências foram os impactos mais frequentes e relevantes nas áreas estudadas. Considera-se que a degradação das Áreas de Preservação Permanente ao entorno das nascentes impacta diretamente na preservação das mesmas. Dessa forma, se faz necessário a aplicação de medidas mitigadoras tais como o isolamento da APP com cercas, a retirada de animais de criação das nascentes e o plantio de mudas nativas do Cerrado, uma vez que estas atuam na minimização dos impactos ambientais e recuperação de áreas degradadas.
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