Resumo: Este texto estabelece uma relação de diálogo entre o campo da filosofia, a sociedade e as bases teóricas de Feyrabend e Sloterdijk. É um bibliográfico, estuturado a partir de leituras diversas. Ao final pode se constatar que a matriz filosófica torna-se o "recipiente" discursivo para tornar as demais faces da realidade em categorias cognítivas ajustáveis à vida contemporânea.
Nas últimas décadas, a pesquisa em história vem sendo enriquecida com aportes da teorização de gênero. Novos atores e perspectivas passam a ser colocados em discussão, principalmente as relações de poder no seio do que se passou a denominar de patriarcado, isto é, a dominação masculina como processo linguístico de construção social no qual são reificadas relações binárias de percepção do sexo e da reprodução humana. Nesse sentido, o presente artigo busca analisar alguns elementos acerca da pesquisa em história no sentido de elencar algumas possibilidades que a teorização de gênero permite ao historiador e à historiadora quanto à difícil equação entre identidade e movimento social. O texto a seguir está organizado da seguinte maneira: uma breve avaliação acerca da relação entre heteronormatividade e a situação histórica das mulheres, seguida de uma consideração a respeito do gênero como categoria de análise histórico-linguística, concluindo por uma análise das dificuldades que os movimentos sociais encontram na elaboração de pautas que enfatizem a identidade ao mesmo tempo que permitem avançar na crítica radical de moralidades excludentes e desiguais.
Palavras-chave: Gênero, movimento social, identidade.
Na obra “Análise de conteúdo”, Laurence Bardin aborda aspectos da construção da pesquisa científica que vão desde o levantamento histórico acerca de técnicas e análises utilizadas na análise do conteúdo ao longo dos anos, até a proposta de um método de investigação que, de fato, possa ser operacionalizado pelos diversos pesquisadores das ciências humanas, quais sejam psicólogos, sociólogos, linguistas, jornalistas e historiadores. No que se refere aos historiadores, a análise do conteúdo e a análise documental propostas por Laurence Bardin podem proporcionar importantes reflexões para a construção da pesquisa histórica. Nesse sentido, o presente artigo busca refletir sobre as possibilidades de discussões e metodologias que as considerações da referida autora proporcionam aos pesquisadores que se utilizaram (utilizam) de fontes da chamada História Oral, na construção da sua narrativa histórica. Diante desses objetivos, optamos por apresentar inicialmente as considerações da autora em “Análise de conteúdo”. Posteriormente, apontamos as técnicas de análises presentes na obra citada que podem ser articuladas à análise da metodologia da História Oral. Por fim, colocamos a relevância dessas trajetórias de pesquisa para a construção da narrativa histórica que é subsidiada por fontes orais.
Palavras-chave: Pesquisa histórica, técnicas, fontes, história oral.
A obra do historiador Sérgio Buarque de Holanda, Raízes do Brasil, constitui juntamente com Casa Grande & Senzala, de Gilberto Freyre, as obras teóricas iniciais da interpretação do Brasil que deixaram de lado as teorias racialistas e passaram ao tema da cultura. Neste sentido, o presente artigo busca analisar alguns elementos acerca do conceito de Homem Cordial, apresentado no capítulo quinto de Raízes do Brasil, no sentido de elencar alguns pontos da teorização do fazer historiográfico de seu autor. O texto a seguir está organizado da seguinte maneira: breve reflexão acerca da tipificação ideal usada por Holanda, seguida de um apanhado a respeito do tema do desterro na elaboração teórica da cordialidade, concluindo por uma análise do personalismo como gosto pelo superficial.
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