Os Contaminantes de Interesse Emergente (CIEs) passaram a ser detectados e quantificados a partir da década de 1990 após o advento e o aperfeiçoamento de técnicas analíticas capazes de quantificar em escala traço (µg L -1 ) e ultra-traço (ng L -1 ) em matrizes aquosas. O crescimento desenfreado da população humana e a necessidade de aumentar a produção de alimentos, fez com que surgisse a necessidade de desenvolver métodos de extração e preparo de amostras mais versáteis, menor consumo de reagentes, maior diversidade em relação ao CIE e o tipo de amostra e que seja capaz de ser aplicado em menor tempo e em qualquer laboratório. Diante disso, em 2003 é apresentado a comunidade científica um método denominado QuEChERS (do inglês Quick, Easy, Cheap, Effective, Rugged, Safe). Tal método representou um enorme avanço em relação ao preparo e extração da amostra, permitindo analisar uma maior diversidade e quantidade de resíduos. Este trabalho tem por objetivo apresentar os fundamentos do método QuEChERS, bem como as modificações que vem sendo realizadas a fim de atingir uma maior variedade de amostras e resíduos. Além disso, apresentar e discutir inúmeros trabalhos realizados em vários países que buscam detectar e quantificar multirresíduos de pesticidas e fármacos em alimentos de origem animal e seus derivados, em especial: peixe, frangos, suínos e bovinos e os derivados ovos de frangos e leite de origem bovina.Palavras-chave: Contaminantes de Interesse Emergente, extração e preparo de amostras e resíduos ABSTRACT Contaminants of Emerging Concern (CECs) started to be detected and quantified in the 1990s after the advance and improvement of analytical techniques capable of quantifying
RESUMOO Brasil se destaca nacional e internacionalmente pela produção de alimentos de origem vegetal e animal, seja na forma in natura ou processada industrialmente. Diante disso, são geradas grandes quantidades de biomassa que acabam se tornando enormes passivos ambiental com pouca ou nenhuma utilidade. Entretanto, nas últimas décadas inúmeras pesquisas vêm sendo desenvolvidas com o intuito de agregar valor e uso as biomassas para utilização nos processos de remediação ambiental, disposição ao solo e a produção de biofertilizante. No entanto, os dejetos suínos se tornaram uma preocupação ambiental em relação ao enorme potencial de poluição ambiental que podem desencadear na natureza. Neste contexto, inúmeros trabalhos vêm sendo realizados com o objetivo de reduzir e agregar valor aos dejetos suínos que apresenta um enorme potencial para a produção de biofertilizante, geração de biogás e energia elétrica resultando na redução de custos para o produtor. Entretanto, a falta de assistência e orientação técnica proveniente do poder público, faz com que os suinocultores não tenham o conhecimento necessário para um melhor gerenciamento da sua produção que poderiam proporcionar: i) melhorias em todas as etapas da cadeia produtiva; ii) redução do consumo de água e alimentação de todo o plantel e iii) lançamento indevido e irregular dos dejetos suínos, bem como a água residuária utilizada na limpeza das pocilgas. Diante disso, este trabalho tem por objetivos: i) apresentar dados recentes sobre a produção e consumo de carne suína no Brasil e no mundo; ii) as implicações socioambientais decorrentes da suinocultura e iii) propostas que proporcionem um manejo ecologicamente mais correto e que resulte em maior rentabilidade para o suinocultor.
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