O objetivo do presente estudo foi analisar as representações sociais dos surdos universitários acerca da sexualidade. Esta pesquisa teve como aporte teórico a Teoria das Representações Sociais (TRS), que possibilita compreender a sexualidade, além do aspecto individual, elucidando a função do saber compartilhado. Tratou-se de uma pesquisa descritiva, com abordagem qualitativa, realizada com cinco universitários surdos que foram entrevistados de forma individual, em Língua Brasileira de Sinais (Libras) e por meio de um roteiro semiestruturado. Utilizou-se o Software IRAMUTEQ para a análise dos dados mediante a Classificação Hierárquica Descendente (CHD). Observou-se que as representações sociais da sexualidade dos participantes estão ancoradas no cuidado com a saúde sexual, no futuro profissional e nas relações amorosas, nas relações com a comunidade surda e com os familiares. Com isso, foi identificado que os participantes tiveram preocupação com a afetividade, o bem-estar, a atividade sexual e a satisfação em seus relacionamentos. No entanto, percebe-se a necessidade de desmistificar a temática entre os jovens surdos para que esses desenvolvam a sexualidade com autonomia.
Este artigo apresenta uma revisão integrativa da literatura com o objetivo de descrever como as pesquisas têm estudado a influência da autoestima nos comportamentos dos autores e alvos do bullying. O levantamento dos dados foi realizado em quatro bases: Lilacs, Scielo, PsycArticles e Scopus, usando os descritores "bullying", "violência escolar" e "autoestima", nos idiomas português, inglês e espanhol. Os resultados do processo de seleção se referem a 11 estudos, que foram categorizados em três temáticas principais: Perspectiva de gênero; Participação escolar, familiar e comunitária; e a saúde mental do estudante. Notou-se que os alvos do bullying sofrem com as consequências na saúde mental e seus comportamentos estão relacionados a solidão, humor depressivo, conflitos familiares, isolamento social e suicídio. Conclui-se que as intervenções com a escola e a família podem elevar a autoestima do estudante e contribuem para o bem-estar psicoemocional dos envolvidos nos episódios de bullying e para uma convivência pacífica entre os pares.
Resumo A existência de mitos e tabus que envolvem a sexualidade pode dificultar a disseminação de informações adequadas para a sociedade. Sabe-se que a população surda, por não ter os mesmos meios de aquisição de informações dos ouvintes, lida com limitações no acesso a essa temática. O objetivo desta pesquisa foi realizar uma revisão sistemática de artigos científicos sobre sexualidade e surdez. Para isso, no período de setembro a novembro de 2017, foi feita uma busca utilizando os descritores sexualidade, surdez, surdo e deficiente auditivo, nas línguas portuguesa, inglesa e espanhola, em cinco bases de dados. A busca teve o período delimitado entre 2000 e 2017, e o resultado final selecionou quinze artigos. A sexualidade por meio de experiências sexuais, mitos e relacionamentos e a violência e/ou abuso sexual foram os assuntos com maior prevalência. A questão da homossexualidade foi menos evidente nas produções científicas. A revisão mostrou que o conjunto de estudos avaliados retrata a sexualidade de forma abrangente e com temas atuais. Além disso, são escassos os estudos científicos referentes a sexualidade e surdez, sendo necessários mais estudos com a participação das pessoas surdas no intuito de compreendê-las, orientá-las e informá-las sobre o assunto em questão.
O preconceito e o bullying são duas formas de violência escolar que podem atingir diferentes grupos socioculturais. São entendidos, na literatura científica, como fenômenos que causam prejuízos emocionais, cognitivos e comportamentais nos alvos da agressão, afetando a avaliação, ou autoestima, fator importante para o desenvolvimento individual e as relações interpessoais. Neste estudo, foi realizada uma revisão narrativa não-sistemática que objetivou apresentar e discutir os principais conceitos, relações e distinções entre preconceito, bullying e autoestima. Foi realizado um levantamento no banco de dados da Scielo, Pepsic e periódicos CAPES, através da plataforma CAFe, de artigos científicos, dissertações, teses e livros, que promoviam o debate dos construtos apresentados, por meio dos descritores em português. Os resultados demonstraram que o preconceito e o bullying são fenômenos articulados que afetam, negativamente, a convivência, representando um perigo às escolas, devido as práticas agressivas serem percebidas como “brincadeiras”, ocasionando a naturalização entre os grupos. Além disso, notou-se que a autoestima é uma variável importante no enfrentamento dessas condutas, por ser um indicativo para a criação de habilidades sociais que favorecem a saúde mental dos envolvidos.
O presente estudo teve como objetivo realizar uma revisão integrativa da literatura referente aos estudos científicos que envolvessem a representação social e a surdez. Para isso, realizou-se uma busca nas bases de dados SciELO.org, PePSIC, LILACS, PsycINFO (APA) e Scopus (Elsevier), por meio da plataforma Periódicos CAPES no mês de setembro do ano 2020. Os descritores foram: representação social, surdez, surdo e deficiente auditivo, na língua portuguesa, inglesa e espanhola. Foram analisados 11 artigos e com resultados acerca das populações surda e ouvinte. Nos artigos com pessoas surdas observam-se temáticas sobre identidade, cultura e direitos enquanto cidadãos para dirimirem e modificarem os estereótipos acerca da surdez. As pesquisas com os ouvintes foram realizadas com os familiares e a sociedade de modo geral, tendo como destaque representações baseadas em estereótipos negativos e aspectos limitantes. Ademais, sugerem-se novas produções cientificas que deem continuidade à teoria das representações sociais associadas com outros aspectos que envolvam a surdez e tenham como amostra, a comunidade surda.
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