Objetivo: descrever a vivência do pai acompanhante no processo de nascimento por cesariana no Centro Obstétrico e apontar as condições favoráveis e desfavoráveis que influenciaram neste processo. Métodos: pesquisa qualitativa, realizada em um Hospital Universitário de agosto a setembro de 2016 com 10 pais acompanhantes. A coleta de dados se estabeleceu por meio de uma entrevista semiestruturada, submetida à análise de conteúdo de Bardin. Resultados: pela análise, emergiram duas categorias: possibilidades e limitações na vivência do pai acompanhante e aspectos emocionais no processo de nascimento, que compreenderam: os aspectos físicos da sala de cirurgia, o acolhimento e orientação da equipe multiprofissional e os sentimentos apresentados pelos pais. Conclusão: a participação do pai no parto cesárea proporciona impactos positivos ao trinômio mãe-filho-família, tornando cruciais a sua presença desde o pré-natal e a adequação física do ambiente da cesárea.
Introdução: a partir dos anos 2000, houve o advento das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC) com a popularização do uso de dispositivos móveis e o surgimento dos aplicativos, facilitando a difusão de informações e orientações em saúde para a população, contribuindo para uma nova perspectiva da educação em saúde (m-Health). Desta forma, o amplo poder propagador da m-health e o aumento do uso, pelas mulheres em idade fértil, de aplicativos móveis para a obtenção de informações e orientações em saúde, vêm tornando os aplicativos móveis potenciais aliados na educação em saúde realizada pelos profissionais de saúde. Sendo assim, esta pesquisa tem como temática principal a construção e validação de um aplicativo móvel para educação em saúde no ciclo gravídico-puerperal. O objetivo principal foi desenvolver um aplicativo móvel gratuito para mulheres, com orientações e informações de modo a atender às necessidades de saúde do ciclo gravídico-puerperal; e os objetivos específicos foram identificar, sob a ótica das gestantes, as necessidades de saúde acerca do ciclo gravídico-puerperal e validar o aplicativo junto às gestantes por meio de um questionário on-line, tendo como base o Modelo de Aceitação de Tecnologia (TAM) e as características de qualidade do método Mobile Learning Evaluation (MoLEva). Método: trata-se de uma pesquisa metodológica aplicada, desenvolvida em três etapas: a primeira consistiu em uma pesquisa qualitativa a partir de uma entrevista por pauta realizada com 27 gestantes de um hospital universitário, sendo submetida à análise de conteúdo de Bardin; a segunda foi o desenvolvimento do arcabouço tecnológico do aplicativo, utilizando o Ciclo de Vida de Prototipação e, do design, utilizando o Design Centrado no Usuário (DCU); e a terceira etapa referiu-se à validação do aplicativo, que se deu com 30 gestantes através de um questionário on-line baseado no TAM adaptado com as características de qualidade preestabelecidas do método MoLEva. Resultados: Em relação à primeira etapa, emergiram 34 unidades de significação, que foram agrupadas em 2 categorias temáticas relacionadas aos objetivos do aplicativo e deram origem aos ícones do aplicativo: gestação, trabalho de parto, parto, pós-parto e curiosidades. A segunda etapa originou o aplicativo criado em linguagem de programação JavaScript para softwares híbridos, disponibilizado nas plataformas ANDROID e IOS, com conteúdo textual apresentado de forma simples, organização visual com cores atrativas que remetem ao feminino e imagens que facilitam a compreensão, bem como organização funcional intuitiva; a terceira etapa revelou, tanto nas narrativas quanto na análise estatística, o significativo nível de satisfação entre as gestantes, sendo o índice de validade da categoria pedagógica (0,97), o da categoria social (0,98) e da categoria técnica (0,99). Conclusões: esta pesquisa evidenciou as etapas para construção do aplicativo móvel gratuito Saber G-estar para educação em saúde no ciclo gravídico-puerperal mediante a investigação das necessidades de informações e orientações em saúde das gestantes, da construção do arcabouço tecnológico, do design e da validação do aplicativo. Após a validação, foram identificados o índice de validade de conteúdo global do aplicativo (IVC= 0,98) e o índice Kappa (Kappa = 0,96), demonstrando a concordância satisfatória das gestantes com os critérios e as características de qualidade previamente definidos para o alcance dos objetivos do aplicativo destinado à educação em saúde no ciclo gravídico-puerperal.
A pandemia da COVID-19 demandou transformações marcantes para o ensino, pesquisa e extensão universitárias, entre elas, a necessidade de interrupção das atividades presenciais até então realizadas. Dessa forma, levando-se em consideração a grande capacidade de difusão de informações das ferramentas digitais, além da imprescindibilidade de manter a responsabilidade social da universidade com a comunidade, foram idealizadas estratégias para dar continuidade, em regime remoto, ao projeto de extensão “O Espaço Educativo para o Cuidado de Mãe e Bebê”. Sendo assim, este relato aborda as experiências da criação do blog “O Espaço Educativo para o Cuidado de Mãe e Bebê” e da roda de conversa sobre métodos contraceptivos, que visaram preservar a ligação entre ensino, pesquisa e extensão, contribuindo para a educação em saúde da comunidade, o desenvolvimento de novas competências na formação de discentes e docentes, além de fornecer subsídios para o desenvolvimento de estratégias semelhantes de extensão universitária.
Objetivos: analisar as necessidades de orientações em saúde das gestantes sobre o ciclo gravídico-puerperal e discutir a educação em saúde realizada pelos profissionais de saúde no pré-natal à luz de Paulo Freire. Metodologia: pesquisa descritiva com abordagem qualitativa, realizada em um hospital universitário, de setembro a outubro de 2019, com 27 gestantes participantes. Os dados foram coletados por meio de uma entrevista por pauta e, posteriormente, submetidos à análise de conteúdo de Bardin. Resultados: após a análise, emergiram três categorias, sendo elas: as necessidades de orientações em saúde das gestantes acerca do gestar, do parir e do pós-parto; os conhecimentos populares das gestantes sobre o ciclo gravídico-puerperal; e a educação em saúde realizada pelos profissionais de saúde no pré-natal. Na análise das categorias, foi notória a observação de que a educação em saúde efetuada pelos profissionais de saúde não contemplou em sua totalidade as reais necessidades de orientações em saúde apresentadas pelas gestantes. Conclusão: a educação em saúde realizada pelos profissionais de saúde não deve ser impositiva, devendo haver uma relação dialógica que leve em consideração os aspectos socioculturais, psicológicos e biológicos das gestantes e de suas famílias, bem como os seus saberes preexistentes, a fim de ressignificá-los. Considera-se este meio fundamental, para que, com base no contexto de vida das gestantes, haja maior possibilidade de obtenção do impacto desejado da educação em saúde, o alcance da liberdade consciente e autônoma de escolhas das mulheres, a promoção da saúde e o autocuidado.
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