A pandemia de Covid-19 já resultou 603.691 óbitos pelo mundo. A doença, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, pode evoluir com Síndrome Respiratória Aguda Grave e é um importante problema de saúde pública. Desde o primeiro caso registrado no Brasil (25/02/2020), foram confirmados 2.074.860 casos e 78.772 óbitos no país. Até o dia 20 de julho, o estado do Paraná confirmou 55.294 casos e 1.338 óbitos. O estudo teve como objetivo traçar o perfil epidemiológico da Covid-19 no Paraná. Fez-se análise descritiva com os dados da Secretaria de Saúde do Estado do Paraná. Até o momento, 1,9% dos pacientes encontravam-se internados e 34,8% recuperados. A média da idade dos casos e óbitos foi de 40,5 e de 68,3 anos, respectivamente. Seis Regionais de Saúde do Paraná apresentaram coeficiente de incidência e mortalidade acima da média do estado. Considera-se que a doença ainda não está controlada no estado.
A Medicina permanece majoritariamente branca e elitizada, apesar das cotas universitárias. Esta revisão apresenta e discute a produção científica sobre o racismo vivenciado por estudantes de Medicina negros no Brasil. Foram consultadas as bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde, US National Library of Medicine, Scientific Electronic Library Online, Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature, Educational Resources Information Centre, Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior e Google Acadêmico. Os 11 estudos incluídos são qualitativos e das Ciências Sociais e Humanas. A negação de racismo explícito – apesar dos relatos de discriminação, piadas sobre o cabelo, sensação de não pertencimento, exclusão e baixa representatividade no corpo docente e discente – evidencia a especificidade da construção do racismo no Brasil, que é pouco identificado, mesmo por parte daqueles que o vivenciam cotidianamente nos cursos de Medicina.
O novo coronavírus representa uma emergência em saúde pública, trazendo desafios à vigilância em saúde como a necessidade de estabelecimento de fluxos de informação a fim de produzir estatísticas confiáveis para apoiar as ações da gestão. As estatísticas de mortalidade são primordiais nesse processo e registros condizentes com a realidade dependem de um trabalho coordenado entre os serviços e sistemas de informação. O perfil de mortalidade de óbitos por Covid-19 no estado do Paraná com dados até maio de 2020 mostrou características semelhantes às de outras localidades, com maior acometimento do sexo masculino (67%), idosos (70%) e portadores de condições prévias (69%), sendo as principais hipertensão (23%), diabetes (21%) e cardiopatia (13%). Uma análise que leve em consideração características como raça/cor, ocupação e macrorregião de saúde permite evidenciar grupos e regiões de maior risco e vulnerabilidade, guiando ações adequadas ao momento epidemiológico.
Resumo O Brasil sofre os efeitos do racismo científico, do mito da democracia racial e da política de embranquecimento. Em 2019, 28% dos/as estudantes egressos/as de cursos de Medicina no Brasil eram negros/as. Com os objetivos de desvelar as formas de manifestação do racismo na graduação de Medicina e compreender como estudantes negros/as enfrentam o racismo, conduzimos uma pesquisa exploratória e qualitativa, segundo o método de Minayo, por meio de entrevistas semiestruturadas on line e auxílio do software ATLAS.ti9®. Com um referencial teórico-crítico, percebemos que as dimensões do racismo internalizado, interpessoal e institucional se sobrepõem, evidenciando seu caráter estrutural, atrelado ao desenvolvimento histórico-econômico de nosso país. A crença de inferioridade dos/as estudantes negros/as é reforçada em nível interpessoal nos olhares, piadas ou comentários sobre o cabelo. Em nível institucional, nega-se a necessidade do estudo da saúde da população negra, enquanto a baixa representatividade no corpo docente e discente não é percebida como expressão do racismo. A identificação racial, a organização em coletivos e a existência de amparos legais são fundamentais, mas o efetivo enfrentamento do racismo na escola médica requer a crítica ao sistema econômico que sistematicamente privilegia pessoas brancas.
Este estudo teve por objetivo analisar o desempenho de médicos atuantes na atenção primária frente ao reconhecimento de lesões suspeitas de câncer de pele. Trata-se de um estudo de campo exploratório descritivo com abordagem quantitativa. Médicos generalistas, médicos de família e residentes em Medicina de Família e Comunidade atuantes nas 66 unidades de saúde de Curitiba-PR foram entrevistados. O conhecimento em dermatologia foi considerado mínimo para 61,5% dos participantes. A sensibilidade média (S) no reconhecimento das lesões suspeitas foi de 63,92% (IC95% 60,5-67,34). O desempenho foi considerado satisfatório na identificação do melanoma cutâneo (S=83%) e do carcinoma espinocelular (S=97%) e insatisfatório nos casos de ceratose actínica (S=54%), nevo melanocítico displásico (S=51%) e carcinoma basocelular (S=32%). Lesões de pele prevalentes podem estar sendo diagnosticadas tardiamente ou subdiagnosticadas. Salienta-se a importância de atualizações e treinamentos profissionais para aprimoramento da percepção e capacidade de reconhecimento precoce na atenção primária.
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