A figura do coordenador de curso existe desde a década de 1960 no ensino superior brasileiro, mas foi somente a partir da lei n. 9.394/96 que o coordenador de curso assumiu um papel fundamental na gestão dos cursos de graduação. Outro fator que ressignificou o papel do coordenador foi a implantação das políticas públicas de avaliação do ensino superior, em meados da década de 1990, e as transformações que levaram a uma diversificação e diferenciação da educação superior no Brasil, configurando a reestruturação com viés neoliberal. A partir de pesquisa bibliográfica, análise documental e observação participante, discute-se o papel, o perfil e os desafios do coordenador de curso como gestor acadêmico, identificando modelos de gestão em uma universidade pública e em uma universidade privada.Palavras-chave: coordenador de curso; gestão de curso de graduação; modelos de gestão.
A estruturação capitalista das últimas décadas, marcada pela globalização da economia, das mudanças políticas, e do modelo neoliberal desencadearam uma reestruturação produtiva, em todos os setores da economia, produzindo reflexos no mundo do trabalho. Na educação, essas mudanças afetaram significativamente o trabalho do professor. A cada dia esse profissional é exposto a difíceis situações em seu trabalho, e a internet tem sido muitas vezes, o canal para mostrar o descontentamento com a profissão e o prestígio abalado. O objetivo do presente trabalho é analisar como a imagem docente é retratada no ambiente virtual, especificamente, no facebook, identificando, principalmente, imagens que denotam aspectos de precarização da profissão. Para análise das imagens buscou-se respaldo no conceito do imaginário coletivo. A metodologia seguiu a abordagem qualitativa, o tipo de pesquisa caracterizou-se como uma pesquisa netnográfica e teve como tratamento da informação a análise do conteúdo. A pesquisa foi realizada na fanpage “Profissão Professor”, sua observação e acompanhamento foram realizados entre os anos de 2012-2017. Na coleta foram localizadas 88 imagens que apresentavam aspectos que denotavam particularidades de precarização. Através da análise percebeu-se que os aspectos comumente presentes nas imagens envolvem o desrespeito e desvalorização pela profissão, a saúde do professor, a remuneração e as condições de trabalho. Concluiu-se que as imagens traduzem a desvalorização e exaltam as precárias condições de trabalho. A reprodução dessas imagens no imaginário coletivo pode servir para que se perpetue a imagem estigmatizada da profissão ou produzir elementos de luta. A profissão clama por um sentido de valorização.
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