O cenário da Covid-19 impactou a área educacional, fazendo a comunidade acadêmica entender quais impactos foram esses. Isso é possível via relatos de experiências e reflexões de seus episódios. Diante disso, esse trabalho tem como objetivo apresentar a vivência de um educador especial em formação no desenvolvimento de materiais pedagógicos que auxiliassem estudantes com deficiência no processo de aquisição de sua autonomia. O delineamento descritivo e de cunho qualitativo proporciona descrever, cientificamente, um estágio de um futuro educador especial, realizado em uma APAE. Com base em dez materiais desenvolvidos durante essa vivência e o modo e contexto em que eles foram confeccionados, destacamos: a) A formação de professores contendo o tema Vida Diária impactou ao propagar conceitos inicias sobre autonomia, mesmo que, para fazer isso, ocorreram desafios devido o modelo remoto; b) Ter contato com o aluno, em quaisquer modelos de ensino, é essencial para o desenvolvimento de materiais pedagógicos e; c) É preciso colaboração entre estagiários e docentes-supervisoras não só para fazer materiais, mas para mediar a aplicação destes. Como considerações, trazemos que o paradigma de ensejos e tensões educacionais brasileiras pode macular a área do desenvolvimento de materiais. Para tal, é essencial lançar mão de conhecimentos sobre as identidades, as multiplicidades e as ações que compõem o processo educacional de estudantes com deficiências.

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O presente relato de experiência discute o processo de escolarização de três estudantes diagnosticados com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) na educação profissional. O principal intuito é discutir sobre as práticas educativas oferecidas aos estudantes com TEA em período de ensino remoto, almejando contemplar as suas especificidades, habilidades, potencialidades e dificuldades. A metodologia desse relato se pauta nas reuniões de trabalho de sete docentes que ministravam aula em suas turmas durante o ensino remoto, as quais abordaram diversos aspectos relacionados às práticas pedagógicas e estratégias para adequação do conteúdo realizadas por professores e equipe pedagógica. O conteúdo discutido está relacionado às observações e reuniões de planejamento entre docentes de sala regular e de educação especial almejando, de forma colaborativa, desenvolver atividades que fossem motivadoras aos estudantes e que pudessem abordar os conteúdos através de discussões diferenciadas, possibilitando também o engajamento dos estudantes com TEA e demais colegas da escola prezando a acessibilidade. O resultado dessas discussões possibilitou a identificação de algumas barreiras, mas também o planejamento de um projeto conhecido como “Melhor da Semana”. Os desafios da inclusão são contínuos, por essa razão, o diálogo e a ação de todos contribuíram para que os estudantes e seus familiares continuassem motivados, mesmo diante das dificuldades impostas pelo ensino remoto.

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