Resumo Objetivou-se explorar a prática alimentar das crianças indígenas de zero a dois anos, residentes nos municípios de Cruzeiro do Sul e Mâncio Lima no Acre. Realizou-se estudo transversal com crianças indígenas das etnias Katukina (Cruzeiro do Sul), Nukini, Nawa e Poyanawa (Mâncio Lima) em outubro de 2013. Utilizou-se um questionário estruturado sobre o consumo alimentar do dia anterior à coleta, baseado nos indicadores alimentares propostos pelo Ministério da Saúde. Estudou-se 94 crianças (50% da etnia Katukina, 27% Poyanawa, 13% Nukini e 10% da Nawa). As crianças menores de 6 meses de idade, apesar da maioria receber leite materno, 42,1% delas consumiam água, 15,8% comida de sal e 11,1% preparados típicos da região. Nas faixas de idade de 6 a 12 meses e 13 a 23 meses identificou-se um alto consumo de alimentos ultraprocessados (52,6% e 28,6% respectivamente) enquanto que o consumo de alimentos complementares relevou-se insuficiente (33% de frutas e 25% de comida de sal na faixa de 6 a 13 meses e 41,2% de frutas e 19,6% de comida de sal na faixa de 13 a 23 meses). O perfil alimentar das crianças indígenas mostrou-se inadequado para a idade, refletindo uma situação preocupante na saúde infantil desta população.
Objective: To analyze breastfeeding practice among indigenous children aged between zero and two years and the factors associated with ablactation. Methods: Cross-sectional study conducted with 94 indigenous children and 91 indigenous women. Data were collected in households by applying an instrument specifically developed for the study. Logistic regression was used for the analysis. Results: A total of 60.6% of the children were breastfeeding. Exclusive breastfeeding was present in 35% of the children aged under six months. The only association of early ablactation with the variables was the ethnic group, in which the chance of early ablactation among the Poyanawa, Nawa, and Nukini ethnic groups was 3.7 times higher than the Katukinas. Conclusion: The prevalence indices of breastfeeding is below the recommendations of the WHO. Only the variable ethnic group was found to be associated with early ablactation. These data highlight the need to implement programs to promote breastfeeding among indigenous people. ResumoObjetivo: Analisar o aleitamento materno de crianças indígenas de zero a dois anos e os fatores associados ao desmame. Métodos: Estudo transversal realizado com 94 crianças e 91 mulheres indígenas. Os dados foram coletados nos domicílios, com aplicação de um instrumento construído especificamente para o estudo. Para a análise foi utilizada a regressão logística. Resultados: Estavam em aleitamento materno 60,6% das crianças. Em menores de seis meses o AME esteve presente em 35% das crianças. A única associação do desmame precoce com as variáveis foi a etnia, em que a chance de desmame precoce entre as etnias Poyanawa, Nawa e Nukini, foi 3,7 vezes maior em relação a etnia Katukina. Conclusão: As prevalências de AM encontram-se aquém das recomendações da OMS. Somente a variável etnia mostrou-se associada ao desmame precoce. Esses dados mostram a necessidade de implementações de programas de incentivo ao AM entre os indígenas.
Conflitos de interesse: Embora Coca KP seja Editora Associada, ela não participou do processo de avaliação pelos pares realizado pela Acta Paulista de Enfermagem. ResumoObjetivo: Analisar a duração do aleitamento materno e os fatores associados ao desmame total de crianças de seis a 23 meses e 29 dias de idade residentes no município de Cruzeiro do Sul, na Amazônia Ocidental Brasileira.Métodos: Estudo transversal, realizado durante a Campanha Nacional de Multivacinação em 2016 e Contra a Influenza em 2017. A amostra foi calculada por conglomerados. A coleta de dados foi efetuada com as mães ou os responsáveis de 679 crianças que compareceram às campanhas de vacinação e responderam a um questionário. Utilizou-se a análise de sobrevivência de Kaplan-Meier e, para os fatores associados ao desmame total, a regressão de Cox. Para todos os testes estatísticos, foi considerado um nível de significância de 5%.Resultados: O aleitamento materno foi praticado por 65,3% das crianças, cuja média de idade foi de 13,7 meses (DP± 4,9 meses). O tempo médio de desmame total foi de 16,7 meses (IC95%: 16,06 -17,36) e a mediana de 22 meses, sendo a probabilidade de tempo de aleitamento materno até dois anos em 49,7%. Os fatores associados ao desmame total foram o tempo da experiência anterior em amamentação menor que seis meses, não praticar o aleitamento materno na primeira hora de vida, uso de chupeta e mamadeira.Conclusão: A duração do aleitamento materno foi abaixo do recomendado. Os fatores associados ao desmame total de crianças entre 6 e 23 meses estão relacionados à experiência materna prévia, ao início precoce da prática de amamentação e ao uso de bicos artificiais.
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