O comportamento da infecção humana pelo Trypanosoma cruzi quando vigente imunodeficiência ainda requer melhores esclarecimentos. Essa necessidade está ficando cada vez mais imperiosa porque a concomitância de doença de Chagas e afecções nas quais o distúrbio imunitário existe é atualmente mais comum e, também, em virtude do maior u s o a t u a l d e f á r m a c o s q u e o r i g i n a m a imunodepressão 2 9 10 . Além disso, a crescente realização de transplantes de órgãos, sendo preciso coibir rejeições, envolve hoje, em várias oportunidades, pacientes acometidos pela enfermidade referida, figurando eles como doadores ou receptores 6 8 11 . O número de relatos de investigações experimentais, sobre a atuação de corticóide, desenvolvidas nos modelos baseados em diferentes tipos de animais, representados sobretudo por camundongos, é razoável. A despeito de não haver unanimidade, as deduções indicam comumente aumentos da parasitemia, do parasitismo tecidual e da mortalidade, revelando também mudança do tropismo em relação aos órgãos que o T. cruzi infecta e atenuação do contingente inflamatório.Tais estudos focalizaram as fases aguda, pós-aguda imediata e crônica, tendo apontado, além do que já citamos, comportamentos diversos de cepas 1 3 5 12 13. Nessas pesquisas, diferentes modalidades de corticóide foram utilizadas, isoladamente ou em associação com compostos tripanossomicidas.No que concerne a pacientes com doença de Chagas, reativações vêm sendo comprovadas quando recebem coração por meio de transplante, corticóide fazendo parte da tática imunossupressora, ou em virtude da administração de certos fár macos para tratamento de leucemias, acrescentando-se a isso, hoje em dia, a participação da síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS)