This paper investigates associations between migration and inter‐municipal commuting to work in the Metropolitan Region of São Paulo with two main objectives: to determine whether a connection exists between long‐term relocation and daily travel and to determine whether this relationship is dependent on the distance of the migratory process. The empirical strategy is based on the estimation of univariate and bivariate probit models applied to microdata of the Brazilian Demographic Census of 2010. Different socio‐economic and demographic characteristics, such as sex, age, civil status, household arrangements and labour market features, were associated with both inter‐municipal commuting and migration. Moreover, associations between inter‐municipal commuting and migration depended on the distance of migration. It was observed that inter‐municipal commuting and intrametropolitan migration are complementary, whereas commuting and longer distance migration are substitutes.
O objetivo deste estudo é investigar o diferencial salarial associado à pendularidade na Região Metropolitana de São Paulo com base nos dados do Censo Demográfico de 2010. O foco é averiguar a existência de prêmio salarial para trabalhadores cujos municípios de residência e atividades laborais são distintos, utilizando como controle características individuais, ocupacionais e do município de residência, vis-à-vis trabalhadores que não pendulam e desconsiderando trabalhadores cujos deslocamentos são circunscritos a um mesmo município. Para alcançar esse objetivo, foram usados modelos quantílicos e hierárquicos. Os principais resultados revelam a importância da raça, da instrução e da posição na ocupação para explicar os rendimentos dos trabalhadores ao longo das distribuições de salário de homens e de mulheres. As evidências empíricas sugerem, ainda, uma relação positiva entre deslocamento pendular e rendimento-hora no trabalho principal dos trabalhadores de ambos os sexos. Diferenciais de custo de vida municipais também foram associados com os rendimentos de trabalhadores.
A comunidade científica brasileira apresentou crescimento de sua produção nos últimos anos. Esse aumento foi acompanhado pela ampliação das colaborações de seus pesquisadores. Este estudo investiga o papel das redes de coautorias de artigos científicos na alta produtividade científica no Brasil entre 2000 e 2017. A fonte de dados é a plataforma Lattes/Cnpq, utilizada para avaliar a produção científica e para construção das redes de colaborações entre pesquisadores. Modelos de contagem são aplicados para explorar como o desempenho científico está relacionado a diferentes medidas de rede de coautoria. Os resultados sugerem papel preponderante das redes de colaboração científica na produção científica. Pesquisadores com maior centralidade na rede de colaborações científicas são mais produtivos, enquanto o tempo de atividade docente está associada à menor produtividade. A supervisão de teses e o vínculo com universidades públicas podem incrementar a publicação de pesquisadores.
<title>Resumo</title><p>Este artigo tem o objetivo de investigar os determinantes da mobilidade de trabalhadores de curta e longa distância entre microrregiões brasileiras no período 2004-2008, com ênfase no papel das redes de mobilidade preestabelecidas. São construídas matrizes de deslocamento por meio da base de dados Rais-Migra, empregando variáveis explicativas na forma de razão destino/origem, e utilizando como arcabouço metodológico os modelos para dados de contagem, a fim de identificar diferenças e similitudes desses fluxos de trabalhadores em relação a diferentes distâncias. Os resultados apresentam evidências consistentes com o histórico de atratividade das regiões para migração, indicando que redes ou conexões prévias facilitam a mobilidade espacial laboral. Além desses resultados, na mobilidade de curta distância o trabalhador se desloca para destinos com maiores densidade e proporção de graduados, além de menores criminalidade, congestionamento e grau de industrialização. Em longas distâncias, os fluxos são orientados para destinos com menores criminalidade, além de maiores saldos entre trabalhadores admitidos e desligados. A distância entre microrregiões sempre figura como fator inibidor da mobilidade, independente dos cortes de distância usados.</p>
O objetivo do estudo é compreender o perfil dos trabalhadores pendulares, considerando a heterogeneidade desse tipo de deslocamento, que é associado às desigualdades socioeconômicas do tecido urbano. Assim, inicia-se a análise com a caracterização do espaço urbano da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), elencando grupos homogêneos contíguos de municípios a partir do uso da Árvore Geradora Mínima (AGM). Os municípios foram classificados em cinco grupos homogêneos contíguos. Parte-se da hipótese de que existam diferenças na dinâmica dos movimentos pendulares segundo uma divisão socioeconômica do espaço metropolitano. Em seguida, foram comparados pendurares e não pendulares em cada um dos grupos homogêneos a partir de modelos logísticos binários. Observou-se que os primeiros diferiam dos últimos em diversos aspectos. De forma a identificar especificidades dos fluxos pendulares segundo esses grupos, foram estimados modelos logísticos multinomiais e notou-se que diferenças nos perfis de pendulares entre os diferentes grupos homogêneos, dependendo do destino desses, revelam traços das desigualdades econômicas e sociais existentes na RMSP. Conclui-se que políticas públicas voltadas para a mobilidade urbana devem considerar as especificidades do território, bem como os aspectos relacionados à escolaridade da população residente, à participação da mulher no mercado de trabalho e aos arranjos familiares.
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