Introdução: A gestação de alto risco ocorre quando a gestante apresenta alguma doença ou condição sociobiológica que possa prejudicar a evolução da gravidez. Objetivos: Objetivou-se traçar o perfil das gestantes de alto risco atendidas em uma cidade de Minas Gerais. Métodos: Foi realizado um estudo descritivo, observacional, de caráter transversal, com abordagem quantitativa, realizado na Unidade de Obstetrícia da Policlínica Municipal de Divinópolis-MG, no período de março de 2013 a fevereiro de 2014. Os dados foram obtidos por meio de um questionário aplicado na consulta puerperal e complementados com a investigação do prontuário e do cartão da gestante. Resultados: Das 218 gestantes acompanhadas no serviço, apenas 52 retornaram à consulta puerperal. A maioria das gestantes eram multigestas (65,5%) e não referiram aborto prévio (73,1%); somente 30,8% foram admitidas precocemente e os diagnósticos mais frequentes foram Diabetes Mellitus Gestacional (23,1%), pré-eclâmpsia (21,2%) e disfunção tireoidiana (13,5%). A maior parte teve o parto a termo (82,7%) e cesariana (59,6%). Destaca-se que 88,5% e 96,2% das mulheres não foram submetidas ao exame de colpocitologia oncótica e das mamas, respectivamente. Conclusões: Deve-se alertar para a necessidade de aprimoramento da atenção à saúde da gestante, com a realização dos exames preventivos rotineiramente, indicação mais precisa da cesariana e educação das gestantes com relação à importância da consulta puerperal.
Resumo O tamanduá-bandeira é um mamífero encontrado na América Central e na América do Sul. Esse animal possui garras que podem chegar a 6,5 cm de comprimento, utilizadas para escavar formigueiros e obter alimento, além de servir para sua defesa. Relatamos o caso de paciente masculino de 52 anos, com histórico de epilepsia, que foi levado desacordado ao pronto-socorro, devido a lesões no seu braço direito causadas por um tamanduá. Frente à suspeita de trauma vascular, o paciente foi submetido a exploração cirúrgica, que evidenciou uma lesão combinada de vasos braquiais, submetida a reparo. Apresentou boa evolução do quadro, recebendo alta hospitalar no segundo dia de pós-operatório e, no seguimento ambulatorial, evoluiu sem sequelas neurológicas ou vasculares.
Resumo A agenesia de veia cava inferior é descrita em menos de 1% da população, de ocorrência rara e devido a alterações embrionárias. Sua correlação com a trombose venosa profunda certamente é subestimada, visto que tal alteração é de difícil detecção pela ultrassonografia. O objetivo deste artigo foi relatar o caso de uma paciente de 41 anos com dor e edema até a raiz de coxa direita após cirurgia plástica. Foi realizado dúplex venoso de membros inferiores e evidenciada trombose venosa profunda ilíaco-femoro-poplíteo e distal bilateralmente. Solicitado angiotomografia venosa devido a não visualização de veia cava inferior no ultrassom, evidenciando trombose de plexo lombar direito e segmento ilíaco-femoral bilateral, além de agenesia de segmento infra-hepático de veia cava inferior, com ectasia e tortuosidade compensatória de veias paravertebrais, sistema ázigos e hemiázigos, com varizes pélvicas bilateralmente. Foi realizada anticoagulação sistêmica e oral, com boa evolução clínica.
Objetivo: Analisar a prevalência de acidentes de trânsito (AT) no estado de Rondônia e na capital Porto Velho com a influência do Complexo Hidroelétrico Madeira aliado ao impacto do decreto da “Lei Seca”. Metodologia: O estudo é retrospectivo, descritivo, sobre AT que ocorreram entre 2001 e 2013 em Rondônia e em Porto Velho. Os dados foram obtidos nos Anuários Estatísticos do DETRAN-RO. Os dados de mortalidade foram obtidos no Sistema de Informações sobre Mortalidade - DATASUS. Foi realizada revisão bibliográfica nos bancos de dados CAPES e Scielo com os descritores ‘acidentes de trânsito’, ‘mortalidade’ e ‘direção e álcool’. Resultados: No período entre 2001 e 2013, houve aumento de 201% na taxa de mortalidade em Rondônia. A frota de veículos aumentou 297%. Foram 4.849 vítimas fatais. Em Porto Velho, a taxa de mortalidade aumentou 155% entre 2001 e 2008. Encerrou-se o período estudado com crescimento de 1,25%. Entre 2001 e 2013, a frota aumentou 342,7%. Foram 1.161 vítimas fatais. As faixas etárias entre 18 e 29 anos e entre 30 e 59 anos compuseram o número de vítimas fatais mais frequentes. Conclusão: A educação é o passo inicial para a mudança dos hábitos da população, condição necessária para que o número de AT seja reduzido.
Resumo As fístulas arteriovenosas (FAVs) traumáticas envolvendo os vasos axilares e subclávios são incomuns e correspondem de 5 a 10% de todos os traumas arteriais. A anatomia complexa dessa região torna desafiador o tratamento desse segmento. Neste desafio terapêutico, descrevemos o caso de um homem de 73 anos, encaminhado por edema progressivo e úlcera no membro superior direito, com história pregressa de ferimento por arma de fogo na região infraclavicular direita há cerca de 50 anos. Foi realizada angiotomografia e identificou-se FAV axilo-axilar associada à tortuosidade e dilatação aneurismática de artéria subclávia a jusante. O paciente foi submetido à intervenção endovascular com endoprótese cônica (monoilíaca) 26 × 14 × 90 mm Braile® na artéria subclávia aneurismática, posterior à saída da artéria vertebral direita, e endoprótese monoilíaca 16 × 16 × 95 mm Excluder® com sobreposição na primeira prótese, apresentando resultado satisfatório. Portanto, descreve-se a possibilidade de utilização de endoprótese aórtica em situação incomum e de exceção, com sucesso.
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