O estudo aborda a perspectiva teórica denominada interacionismo simbólico, com o objetivo de resgatar suas origens, consolidação, pressupostos centrais e contribuições ao campo da Psicologia social. com base em revisão de literatura, são examinadas algumas concepções de pensadores reconhecidos como precursores dessa corrente, com destaque para o trabalho de George Mead. Os marcos iniciais da estruturação do movimento interacionista simbólico (cujo nome e principais pressupostos foram estabelecidos por Herbert Blumer) e as diferentes possibilidades de operacionalização do conceito, representadas pelas divergências conceituais e metodológicas das Escolas de chicago e Iowa, constituem os pontos centrais da discussão. No intuito de identificar os principais desdobramentos oriundos das concepções interacionistas, são brevemente expostas as abordagens de estudiosos como Strauss, Shibutani, Berger e Luckmann, e Stryker. Por fim, com base na revisão empreendida, que permitiu identificar diferentes pontos de vista acerca da abordagem interacionista simbólica, conclui-se que sua evolução e fortalecimento ao longo do tempo contribuíram para que pudesse se sustentar como uma perspectiva teórica com amplas possibilidades de aplicação nos estudos da vida social.
O estudo objetivou analisar a relação entre a resiliência e a socialização organizacional junto a novos servidores de duas universidades públicas, em contextos culturais distintos, quais sejam Brasil e Noruega. As pesquisas em socialização organizacional apontam que a adaptação do indivíduo a um novo cargo e a uma nova organização tende a ser um evento estressor e a resiliência, que descreve os processos de superação do estresse e adversidades, poderia auxiliar a compreensão das diferenças nos resultados de socialização entre indivíduos numa mesma organização. Com base nesse presssuposto, a pesquisa foi desenvolvida junto a uma amostra de servidores docentes e técnico-adiministrativos brasileiros e noruegueses. Análises de regressão hierárquica foram desenvolvidas com o intuito de observar e comparar a capacidade preditiva da resiliência em relação à socialização organizacional. Os resultados demonstraram, de modo geral, que a resiliência contribuiu significativamente para explicar os resultados de socialização organizacional, independentemente da nacionalidade e da ocupação. A capacidade preditiva da resiliência em relação à socialização organizacional foi maior entre os novos servidores brasileiros. As implicações práticas, limitações e principais contribuições do estudo são discutidas, com sugestões para futuras pesquisas.
É objetivo deste estudo descrever os componentes da motivação no trabalho voluntário de lideres comunitários da Pastoral da Criança atuantes em Natal, RN, tomando como referência a Teoria da Expectância de Vroom (1964). Foi realizado, inicialmente, um mapeamento do perfil sociodemográfico dos voluntários e, a partir das informações obtidas, selecionaram-se nove respondentes para entrevistas concernentes aos conteúdos de valências, expectativas e instrumentalidades atribuídas aos resultados do trabalho. A força motivacional pode ser considerada mediana, porque, embora as valências e expectativas identificadas tenham sido expressivas, a instrumentalidade foi baixa em alguns aspectos. Importa registrar o desafio epistemológico enfrentado, por se tratar de estudo do comportamento humano em uma organização voluntária, tendo como referência literatura fundamentada na compreensão do trabalho com fins econômicos, o que exigiu a transposição dos conceitos para uma realidade em que o trabalho apresenta outra conotação. Por fim, sendo o Modelo da Expectância uma teoria de processo, os resultados indicados retratam uma configuração momentânea, o que exige acompanhamento contínuo com vistas a incorporar possíveis (re)arranjos circunstanciais.
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O artigo apresenta uma revisão acerca da perspectiva interacionista simbólica, resgatando suas origens, pressupostos básicos e possibilidades de contribuição aos estudos organizacionais. São examinadas algumas concepções de precursores desta corrente, e abordados os marcos iniciais da estruturação do movimento interacionista simbólico, bem como as divergências conceituais e metodológicas das Escolas de Chicago e Iowa, além das principais críticas apresentadas a esta perspectiva teórica. Entende-se que o interacionismo simbólico apresenta um potencial para compreensão de diferentes aspectos da vida organizacional, complementando outras perspectivas teóricas normalmente utilizadas neste campo de estudos. Num esforço de exemplificar tal potencialidade, busca-se elucidar alguns temas em estudos organizacionais, que têm sido abordados sob a perspectiva interacionista simbólica, bem como tecer algumas considerações acerca dos aspectos metodológicos relacionados à operacionalização de seus pressupostos. Salienta-se, por fim, que para a utilização adequada de tal abordagem, os pesquisadores devem estar conscientes de suas limitações.
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