RiCaRdo aRRaeS de aLenCaR XiMeneS 7 Artigo originalResumo OBJETIVO: estudar o perfil clínico e microbiológico de mulheres portadoras de vaginose bacteriana participantes de um ensaio clínico randomizado, duplamente mascarado, que comparou aroeira e metronidazol, em uso vaginal, para tratamento do corrimento genital. MÉTODOS: o estudo constitui-se em uma série de casos de 277 mulheres portadoras de vaginose bacteriana diagnosticada, concomitantemente, pelos critérios de Amsel e Nugent, selecionadas a partir de um total de 462 recrutadas, utilizando as informações colhidas antes da intervenção. A análise dos dados foi efetuada utilizando-se o programa Epi-Info 3.32. Para comparar as frequências dos desfechos entre os grupos de intervenção, foi utilizado o teste do χ 2 e foi calculada a razão de risco e o intervalo de confiança a 95%. Foi feita análise por intenção de tratar. Além dos parâmetros de diagnósticos, foram também colhidas cultura do conteúdo vaginal e uma citologia de Papanicolaou. RESULTADOS: entre as queixas clínicas, as mais frequentes foram o corrimento genital, observado em 206 participantes (74,4%) e o odor de peixe da secreção vaginal, que ocorreu em 68,6% dos casos (190 pacientes). Dentre os critérios clínicos de diagnósticos, a presença de clue-cells foi positiva em 275 mulheres (99,3%), o teste de Whiff positivo apareceu em 266 participantes (96,0%), seguido do pH ≥4,5, que ocorreu em 92,8% dos casos e da presença de corrimento fluido e acinzentado, citado por 206 participantes (74,4%). Com relação ao critério de Nugent, a mediana dos escores foi o valor 8,0. As culturas de conteúdo vaginal permitiram a identificação de Gardnerella vaginalis em 96,8% e de Mobiluncus, em 53,1% dos casos. Apenas uma terça parte dos exames mostrou a presença de Lactobacillus (89 mulheres -32,1%). Houve crescimento de fungos em culturas de 14 participantes (5,1%). Na maior parte dos casos, os resultados das culturas demonstraram a presença de Corynebacterium (94,2%), Cocos Grampositivos (98,2%), além de bacilos Gram-positivos (99,3%) e negativos (91,0%). As colpocitologias oncóticas mostraram presença muito escassa de lactobacilos, que estiveram presentes em apenas 8 citologias (2,9%) do total de 273 exames realizados. CONCLUSÕES: os resultados do estudo não mostraram diferença em relação à literatura quanto aos sintomas referidos pelas mulheres, os critérios clínicos mais observados no diagnóstico, ou as espécies bacterianas demonstradas nas culturas de conteúdo vaginal. Os achados demonstram serem necessários novos estudos que melhor elucidem as inter-relações entre os achados microbiológicos e a expressão clínica da vaginose bacteriana. Registro do ensaio clínico: ISRCTN18987156 Abstract PURPOSE: to study the clinical and microbiological profile of women with bacterial vaginosis participating in a randomized, double-blind clinical trial, which compared the vaginal use of preparations from red pepper tree and metronidazole for the treatment of genital discharge. METHODS: the study was conducted on a series of 27...
Introdução: O pré-natal visa preparar para o parto. As orientações recebidas na atenção pré-natal são fundamentais para a vivência saudável durante toda gestação pela gestante e sua família, porém ainda há muitas falhas nestas ações educativas. Objetivos: Conhecer as orientações sobre os sinais de trabalho de parto realizadas para as gestantes durante o pré-natal em uma Unidade Básica de Saúde. Métodos: Estudo de caráter descritivo com abordagem quantitativa em um Centro de Saúde em São Luís, Maranhão. Para a coleta de dados, utilizou-se um questionário aplicado a uma amostra de 11 gestantes. Resultados: A maioria das gestantes tinha 20 anos ou mais, vivia sem companheiro, com ensino médio completo e renda familiar entre um e dois salários mínimos, tendo como principal ocupação ser do lar. Quanto ao início do pré-natal, 45,4% no primeiro e 36,4% no segundo trimestre. Quanto ao número de consultas realizadas, 54,5% não realizou consulta no primeiro trimestre; 72,8% realizou pelo menos duas consultas no segundo trimestre; e apenas 18,2% realizou o mínimo de três consultas preconizado pelo Ministério da Saúde no terceiro trimestre. Neste estudo apenas 27,3% das gestantes participou de algum grupo de educação em saúde específico para gestantes. E sobre os sinais de trabalho de parto, apenas 45,4% foi orientada, dentre estas a orientação mais frequente (60,0%) continha os principais sinais de trabalho de parto. Conclusões: Este estudo evidencia que as orientações sobre os sinais de trabalho de parto são pouco frequentes e por vezes sequer são fornecidas durante as consultas. Isto pode explicar a escassez de publicações que abordem a temática, embora seja consenso que a educação em saúde no pré-natal é essencial para o fortalecimento da autonomia das gestantes no momento do trabalho de parto e parto.
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